11 Junho de 2016 | 23h41 - Actualizado em 11 Junho de 2016 | 23h41
Shabaab diz ter executado quatro espiões
Mogadiscio - O grupo militante somali Al-Shabaab pode ter executado esta semana quatro pessoas acusadas de espionagem, incluindo um indivíduo, que alegadamente fornecia aos Estados Unidos da América informação que levou à morte do antigo líder do grupo.

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O grupo islamista luta para derrubar o governo, que tem apoio internacional e governar o país segundo a lei islâmica da sharia.
Em 2011, o Al-Shabaab foi obrigado pela força da União Africana (AMISOM), a abandonar Mogadiscio, a capital do país, e ano passado foi também afastado dos seus bastiões no sul da Somália, por um combinado da AMISOM com o exército somali.
Contudo, nos últimos meses o grupo incrementou os ataques contra as forças da AMISOM e realizou incursões usando armas de fogo e bombistas suicidas contra alvos civis em Mogadiscio e outras cidades.
Segundo a rádio do al-Shabaab, Al Andalus, os quatro executados foram condenados à morte na tarde de sexta-feira “depois de se provar que trabalhavam com a CIA, Quénia e Somália.”
“Foram executados em público num acampamento na região de Bula Fulay,” reportou Al Andalus, referindo-se a uma zona no sul da Somália.
Ahmed Nur, um residente local, disse à Reuters ao telefone que as pessoas na zona foram convocadas pelo Shabaab para se juntarem perto do seu acampamento.
“Pensámos que havia algum comício, mas vimos três homens serem mortos a tiro e um outro ser decapitado na nossa presença,” disse.
Segundo a rádio, o homem decapitado era Mohamed Aden Nur, de 26 anos, que foi acusado de “trabalhar com a CIA” e de facilitar a morte do antigo lider do al-Shabaab, Ahmed Godane, que foi morto num ataque por um drone norte-americano em 2014.
Um outro dos executados, Muhaudin Hiraab Ahmed, de 27 anos, foi acusado de espiar a favor da CIA e do Quénia, vizinho da Somália, e de ajudar a matar Adnan Garaar.
Garaar, que alegadamente planeou o mortífero ataque ao Westagte Mall em Nairobi, a capital do Quénia, em 2013, foi também morto num ataque por um drone norte-americano em 2015.
Assuntos Terrorismo África
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