03 Junho de 2019 | 10h13 - Actualizado em 03 Junho de 2019 | 10h13
Camarões: Detidos pelo menos 350 militantes do MRC
Yaoundé - As forças da ordem camaronesas detiveram, sábado, 300 militantes do Movimento para o Renascimento dos Camarões (MRC) em várias cidades do país.

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Mapa dos Camarões
Foto: Angop
A informação foi veiculada pela AFP, segundo a qual as detenções ocorreram depois dos mesmos terem participado em marchas pacíficas de protesto contra a fraude eleitoral, informou a AFP.
A marcha, um desafio à proibição feita pelas autoridades, visou também exigir a libertação do seu líder Maurice Kamto, preso desde 12 de Fevereiro, na prisão central de Nkondengui.
Mamadou Mota, vice-presidente do MRC, foi um dos interpelados por elementos da Polícia que até domingo, 02, ainda estavam estacionados nos correios centrais de Yaoundé, em pleno coração da capital camaronesa.
O coordenador do colectivo de advogados constituído para a sua defesa, Meli Hyppolyte, disse ao “Jeune Afrique” que as detenções tiveram lugar em Yaoundé, Douala, Bafoussam (Oeste) e Nkongsamba (Oeste):
As manifestações são ainda um movimento de contestação dos resultados da última eleição presidencial.
De igual modo, o MRC anunciou uma segunda manifestação, em Yaoundé, aprazada para o dia 08 de Junho.
No dia 28 de Maio, falando ao corpo diplomático, em nome do governo camaronês, o ministro dos Negócios estrangeiros, Mbella Mbella, declarou que o debate sobre a eleição presidencial já está encerrado.
“Qualquer acção visando questionar a decisão do Conselho constitucional, que proclamou o Presidente Paul Biya, vencedor com 71,28% dos sufrágios, é um atentado a ordem republicana passível de sanções previstas pelo regulamento em vigor”, ameaçou o governante camarones.
Recorde-se que aquando da ultima sessão da Comissão africana dos direitos humanos e dos povos considerou valida, a queixa remetida pelos conselhos de Maurice Kamto contra o Estado camarones, a propósito da presidencial, e lhes foram dados dois meses para apresentar as provas das alegações que contem.
Cento e cinquenta militantes do MRC continuam detidos na prisão central de Yaoundé, depois de participarem nas “marchas pacíficas” de 26 de Janeiro último.
Os primeiros condenados apanharam 12 meses de cadeia.
Assuntos Camarões
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