03 Dezembro de 2019 | 12h16 - Actualizado em 03 Dezembro de 2019 | 12h16
Número de cadáveres na morgue do HCH ultrapassa capacidade
Huambo - A morgue do Hospital Central do Huambo (HCH), construída para conservar 27 corpos, conta actualmente com 44 cadáveres, perfazendo um total de 19 acima da capacidade instalada, situação que está a preocupar as autoridades pelo facto de muitos deles estarem abandonados há mais de três meses.

Envia por email
Para compartilhar esta notícia por email, preencha os dados abaixo e clique em Enviar


Corrigir
Para reportar erros nos textos das matérias publicadas, preencha os dados abaixo e clique em Enviar


1 / 1
Fachada da Morgue do Hospital Central
Foto: Aurélio Janeiro Sacalei Soi

Porta-voz do Hospital Central, Félix Ulica
Foto: Aurélio Janeiro Sacalei Soi
A informação foi confirmada hoje, terça-feira, à imprensa, pelo porta-voz da maior unidade hospital da província, Félix Ulica, salientando que, dos 44 corpos, 25 foram abandonados pelos familiares, alguns dos quais sem qualquer identificação.
O responsável referiu que a preocupação consiste no silêncio das famílias, cujos ente queridos foram por eles abandonados, alguns dos quais recolhidos na via pública pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), pois tal situação está a dificultar a conservação de outros corpos, obrigado, deste modo, a sobreposição.
Félix Ulica lamentou que a situação, considerando-a como bastante triste, na medida em que estes deixam a responsabilidade de enterro dos seus familiares, tendo acontecido pela última vez em Janeiro deste ano, num total de dez corpos.
Apesar de dessa situação, Félix Ulica descartou a colocação de cadáveres no chão ou em outro lugar inadequado, facto depois confirmado pela à ANGOP no interior da morgue.
Informou que caso a situação continue, os serviços gerais do hospital, em parceria com a administração municipal do Huambo, irá sepultar os 25 corpos, começando pelos não identificados, à semelhança do enterro do mês de Janeiro.
“É estranho que alguns corpos abandonados tiveram o acompanhamento integral dos familiares durante o período em que estiveram internados, talvez seja por questões culturais, porque a financeira não justifica a não realização do funeral de um ente-querido”, manifestou o responsável.
Perante tal realidade, Félix Ulica reiterou o apelo às famílias no sentido de serem mais sensíveis com os seus parentes, independentemente da situação em que se encontram, devendo entrar em contacto com as autoridades policiais e sanitárias sempre que um dos seus membros estiver desaparecido, de modo a evitar situações do género.
Assuntos Província » Huambo
Leia também
- 22/11/2019 17:50:54
Serviços médicos tornam-se mais acessíveis aos sindicalistas no Huambo
Huambo - Os primeiros serviços da clínica dos trabalhadores da educação, cultura, desporto e comunicação social na província do Huambo foram inaugurados hoje, sexta-feira, para prestar assistência médica e medicamentosa aos 17 mil e 553 filiados, entre activos e reformados.
-
20/11/2019 18:15:30
Responsável enaltece papel das parteiras comunitárias
Huambo - O director do gabinete da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Jeremias Piedade dos Anjos Nambongue Chissanga, reconheceu esta quarta-feira, no Huambo, o papel das parteiras comunitárias, sobretudo nas localidades longínquas, onde existem grandes dificuldades de colocação de especialistas.
- 15/11/2019 09:25:50
Casos de diabetes reduzem no Huambo
Huambo - O número de pacientes com diabetes reduziu no Hospital Geral do Huambo, de forma significativa, segundo o diagnóstico feito com 102 novos casos, de Janeiro a Outubro deste ano, em relação aos 225 pacientes do mesmo período de 2018, soube esta sexta-feira a ANGOP de fonte institucional.