Lisboa - O porta-voz do Presidente da Guiné-Bissau, António Óscar Barbosa, justificou hoje, em Lisboa, a não marcação de eleições gerais pelo chefe de Estado guineense no decreto de dissolução do parlamento, conforme exige a Constituição, com a falta de dinheiro.
"Nunca as eleições na Guiné-Bissau foram feitas sem apoio internacional. O Presidente só pode anunciar eleições quando assegurar a sua viabilidade mediante os apoios que o país possa conseguir", afirmou António Óscar Barbosa.
O porta-voz e conselheiro do Presidente Umaro Sissoco Embaló acrescentou que "o dinheiro faz falta à Guiné-Bissau para por a funcionar a saúde, a educação, a administração pública. Mesmo elementos fundamentais para a boa governação, depende muito da ajuda internacional", frisou.
A actual crise política na Guiné-Bissau espoletou-se depois de o Presidente Sissoco Embaló ter decretado em 04 de Dezembro de 2023 a dissolução do parlamento, eleito seis meses antes, antes do prazo constitucional para o poder fazer.
Sissoco Embaló justificou a dissolução com a alegação de que o parlamento guineense era foco de instabilidade no país.
Na conferência de imprensa de hoje, convocada pela Presidência da República da Guiné-Bissau Óscar Barbosa esclareceu que “logo que tenhamos os meios necessários para as eleições, anunciaremos no seu devido momento", salientando que a organização do processo eleitoral está em curso, com a realização do recenseamento eleitoral pela Comissão Nacional Eleitoral. Moy/JM