Lubango - O leão descoberto em cativeiro, com aparente “maus-tratos”, num espaço turístico no Lubango, na Huíla, em Fevereiro último, está em tratamento numa fazenda dos Gambos e quase recuperado, para em breve ser devolvido ao habitat natural, no Parque Nacional do Bicuar.
O animal estava num espaço reduzido, sem respeito às normas do tipo de felino e pela sua idade (um ano e três meses). Apresentava sinais de desnutrição e servia de atracção num restaurante da comuna da Huíla, a 20 quilómetros do Lubango.
Fruto de um internauta ter publicado nas redes sociais o animal enjaulado e magro, veio, em Fevereiro último, uma equipa do Instituto Nacional da Biodiversidade e Conservação, que averiguou a situação, tendo concluído tratar-se de um crime ambiental.
Em declarações à ANGOP hoje, sábado, nesta cidade, o administrador do Parque do Bicuar, José Maria Candungo, fez saber que o animal está numa fazenda a receber tratamento de nutrição, processo que deve ser feito em três meses, para ser depois introduzido na reserva natural.
Explicou ser um tratamento acompanhado e no Bicuar não têm recinto para tratamento do animal, razão pela qual recorreram ao referido fazendeiro, que é um parceiro do Parque e lida com felinos.
“Já fizemos uma visita na semana finda e o leão já está numa recuperação acelerada, com outro ânimo e no tempo que programamos, vamos conseguir colocá-lo no parque”, manifestou.
Reforçou que os animais selvagens tutelados em centros urbanos têm um regime a cumprir e quando o tratamento não é o mais adequado, são retirados e mandados ao seu habitat natural.
Esclareceu que empresário na tutela do animal negligenciou no tratamento e a alimentação do leão, assim como no espaço impróprio em que o colocou, com isso não mostrou resistência com a decisão de reintegrá-lo num melhor local.
Com uma dimensão de sete mil e 900 quilómetros quadrados, o Parque Nacional do Bicuar encontra-se a 165 quilómetros da cidade de Lubango tem o objectivo de proteger e defender diversas espécies animais e vegetais, estando localizado numa zona limítrofe dos municípios do Quipungo, Matala e Gambos.
É tutelado pelo Ministério do Ambiente, foi estabelecido como reserva de caça em 1938 e elevado a Parque Nacional em Dezembro de 1964. A reserva possui manadas de elefantes, palancas, olongos, mabecos, hienas, bambis, palanca-castanha, uma gama de aves e uma flora saudável. EM/MS