Lubango - A Associação Industrial de Angola (AIA) denunciou hoje, sexta-feira, no Lubango, que a maior parte das panificadoras da Huíla, geridas por estrangeiros, uniu-se e pratica o dumping, em prejuízo dos consumidores.
O dumping é a comercialização de produtos a preços abaixo do custo de produção, uma opção para eliminar a concorrência e conquistar uma fatia maior de mercado.
Em declarações à ANGOP, o delegado da AIA na Huíla, Francisco Chocolate, realçou que eles manipulam os preços a favor de um bloco pequeno de empresários e a província ressente-se, porque mais de 90% das panificadoras são de cidadãos eritreus, malianos e libaneses.
Detalhou que actualmente são, igualmente, os mesmos que fornecem a matéria-prima, que, também, é maioritariamente é absorvida por eles, “numa autêntica concorrência desleal com os angolanos”.
“O pão é um alimento indispensável nas mesas dos huilanos, portanto não é sensato que esse produto ou a sua produção esteja somente na mão de estrangeiros”, aludiu.
Essa denúncia, conforme a fonte, não deve ser entendida como um discurso que promove xenofobia, mas solicita que todos actuem no mercado em pé de igualdade, reduzindo deste modo, a concorrência desleal.
Sublinhou que ser necessário a criação de leis proteccionistas para o sector industrial, a fim de haja mais investimento.
Uma das causas que levam ao dumping, segundo o dirigente, é a “deficiente” fiscalização da ANESA e da AGT.
Lamentou os factos das padarias de nacionais estarem a obedecer a certificação de higiene, os limites de pagamento acima ou a base do salário mínimo, mas essa disciplina não se verifica nos estrangeiros. BP/MS