ARSEG defende boas práticas de governança corporativa

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  • Luanda     Quarta, 24 Abril De 2024    18h23  
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Logotipo da ARSEG
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Implementação do PDAC no Lucala
Implementação do PDAC no Lucala
Lucas Litão

Luanda – A Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) advoga a continua disseminação e assimilação das boas práticas de governança corporativa, para estabelecer ambientes mais saudáveis na actividade seguradora no país.

De acordo com o administrador da ARSEG, Jesus Teixeira, que falava durante o Seminário Internacional de Seguro Agrícola, que decorre de 24 a 26 deste mês, em Luanda, a governança gera solidez em reputação, confiabilidade e credibilidade às empresas de seguro que operam em Angola.

A fonte apontou a existência de um ambiente legal e regulatório robusto como factor crucial para garantir que todas as seguradoras cumpram, escrupulosamente, com a lei, relativamente aos princípios e regras nela tipificadas.

Em relação ao seguro agrícola no país, mencionou duas iniciativas em curso, sendo uma do poder público, através do Acordo de cooperação e de assistência técnica à ARSEG e ao sector dos seguros, celebrado entre o Ministério das Finanças e o International Finance Corporation (IFC), para promover a difusão e comercialização do seguro agrícola de índices climáticos em Angola.

Disse que a outra iniciativa é a do próprio mercado, através da comercialização de seguros agrícolas disponibilizados por algumas seguradoras, enquanto outras estão em fase de registo dos seus produtos na ARSEG.

Jesus Teixeira destacou o crescimento na produção de seguro directo na orde dos 18%, em 2023, atingindo cerca de 369 mil milhões de kwanzas, com o ramo da saúde a ser responsável por 34% deste montante.

Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Protteja Seguros, Kianda de Almeida, sublinhou que, actualmente, o grande desafio são os pequenos agricultores, que contribuem com 75% da produção nacional, mas estão desprotegidos.

Para esses camponeses, avançou, deve ser criado o seguro de índice climático e de rendimento.

“Estamos a dar os primeiros passos, mas entendemos que este é o caminho porque até agora nós sentimos que o pequeno agricultor e as cooperativas continuam desprotegidos no que diz respeito aos investimentos que fazem”, reconheceu.

Kianda de Almeida referiu que, embora sejam a base do sustento nacional, os pequenos agricultores e as cooperativas continuam muito expostos, por isso, as seguradoras estão a estudar soluções para dar resposta a esta situação.

O Seminário Internacional de Seguro é uma iniciativa da ACT-Consultoria, com o objectivo de desenvolver competências junto de especialistas do sector, tendo em vista a implementação de novas soluções no mercado angolano.

O evento, que termina na sexta-feira (26), conta com a participação de peritos de Angola, África do Sul, Quénia, Moçambique, entre outros países.

Durante três dias, os participantes vão debater temas como “Seguros de índice climático”, “Seguro multirisco para agricultores comerciais” e “Seguros de índice de colheita”, visando envolver os operadores do mercado, para um alinhamento estratégico global, bem como promover a partilha de informações relevantes e fidedignas sobre o sector. CPM/QCB





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