Gestores aprimoram conhecimentos sobre cobrança coerciva do INSS

     Economia           
  • Cuando Cubango     Quinta, 29 Fevereiro De 2024    15h58  
Chefe Dos Servicços provinciais do INSS no Cuando Cubango, Maria Jose Salupula
Chefe Dos Servicços provinciais do INSS no Cuando Cubango, Maria Jose Salupula
Maurício Sequesseque-ANGOP

Menongue – Mais de duzentos gestores de instituições públicas e privadas participam, hoje, quinta-feira, num seminário sobre cobrança coerciva das contribuições à Segurança Social, visando maior conscientização no cumprimento das suas obrigações para a salvaguarda do futuro dos funcionários.

O seminário tem a duração de um dia e vai abordar temas como processo de regularização voluntária da dívida, a protecção social obrigatória, o processo de cobrança coerciva da dívida, objecto e discussões, técnicas da realidade do Cuando Cubango, entre outros.

Ao discursar na abertura do seminário, o delegado provincial das Finanças no Cuando Cubango, João Domingos Diakondua, afirmou que o objectivo fundamental do seminário é persuadir as entidades contributivas em cumprir cabalmente as suas responsabilidades como empregadores.

Com este exercício, segundo o gestor, pretende-se igualmente emitir e disseminar as boas práticas que permitam melhorar substancialmente os níveis e a qualidade do pagamento da dívida à protecção social obrigatória.

João Domingos Diakondua afirmou que a avaliação feita na cobrança voluntária revelou a fraca participação dos contribuintes que operam na província do Cuando Cubango, daí a necessidade do INSS proceder à cobrança coerciva, antecedida de um ciclo de seminários ao nível de todo o país.

Considera-se dívida o montante não pago à entidade gestora da protecção social obrigatória pelos contribuintes ou beneficiários, designadamente os relactivos às contribuições, juros, multas, benefícios indevidamente recebidos e outras sanções pecuniárias relactivas a custos e outros encargos legais.

Lembrou que a nível da província do Cuando Cubango o INSS controla dois mil 396 contribuintes e 27 mil 822 assegurados.

Na sua intervenção, a chefe dos serviços provinciais do Instituto Nacional de Segurança Social, Maria José Salupulo, informou que dentre as principais competências do INSS contam arrecadar, gerir e pagar prestações dos funcionários de instituições públicas, privadas e até mesmo por conta própria nos termos da lei.

Conforme a responsável, a trajectória dinâmica da protecção social obrigatória está numa fase de desenvolvimento e consolidação, justificando, nestes termos, a necessidade do alargamento da cobertura pessoal aos trabalhadores por conta de outrem, principalmente os que exercem actividades geradoras de baixo rendimento, como é o caso da actividade agrícola, pescas e outras.

Fez saber que o Decreto Presidencial nº 295/20 de 18 de Novembro estabelece detalhadamente os procedimentos que as entidades empregadoras devem observar relactivamente a inscrição de todos os trabalhadores, de acordo os prazos estabelecidos na lei vigente.

Explicou que o Decreto Legislativo Presidencial nº2/19 de 11 de Março adoptou o regime jurídico próprio da normalização e cobrança da dívida à Segurança Social, bem como as respectivas contas de pagamento com vista a assegurar a sustentabilidade financeira do sistema de protecção social obrigatório.

Deu nota ainda que o artigo nº 2 do referido diploma abrange todos os contribuintes que não têm cumprido com a obrigação contributiva, assim como os beneficiários que tenham recebido prestações sociais indevidamente, acrescentando que a divida a protecção social obrigatória é regularizada através do seu pagamento voluntário e no âmbito do processo de execução nos termos previstos no referido diploma.

Sublinhou que as dívidas à protecção social obrigatória de qualquer natureza, quando não são pagas voluntariamente no prazo de três meses, são tituladas a certidão emitida pela entidade gestora a protecção social obrigatória e participadas para a sua execução. MSM/FF/PLB  

 





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