Requalificação do casco urbano consome mais de Kz 240 milhões no Cunene

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  • Cunene     Segunda, 18 Março De 2024    18h45  
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Trabalho de requalificação das estradas da cidade de Ondjiva/Cunene
Trabalho de requalificação das estradas da cidade de Ondjiva/Cunene
Fabiana Hitalúkua-ANGOP
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Governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa
Governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa
Fabiana Hitalúkua-ANGOP

Ondjiva – A requalificação de algumas vias do casco urbano da cidade de Ondjiva, sede capital da província do Cunene, vai consumir mais de 240 milhões de kwanzas, valores provenientes de fundos públicos, assegurou, nesta segunda-feira, a governadora provincial, Gerdina Didalelwa.

Em declarações à imprensa, no final de uma visita de constatação às obras das respectivas vias, a governante referiu que a reabilitação dos troços, em curso desde Fevereiro último, consiste na colocação de betão em pontos específicos que se encontram interditadas.

Fazem parte dessa empreitada, a Avenida 11 de Novembro, nas imediações do Tribunal de Comarca do Cuanhama, a via que liga os 4 sinais às instalações da PGR, rotunda do BPC e o espaço defronte à Mediateca.

Após a conclusão dessas vias, a governadora adiantou que os trabalhos serão redireccionados para a rua Rei Mandume, via da IGAE, que encontra-se totalmente danificada, de modo a melhorar a mobilidade urbana.

Na ocasião, Gerdina Didalelwa referiu que devido às chuvas que caíram entre Dezembro de 2023 e Janeiro deste ano, bem como a falta do sistema de drenagem de água, verifica-se a saturação do subsolo, o que está a danificar grande parte do tapete asfáltico.

Explicou que o problema da saturação do solo inviabilizou, igualmente, o trabalho primário de tapa buraco e a colocação de asfalto, sob pena de degradar-se em curto espaço de tempo, sendo, por isso, prevenido com a colocação de betão.

Com a utilização de betão, considerou ser obras consistentes e duradouras, apesar de não abranger todas ruas, devido a dificuldade financeira.

“Se tivéssemos disponibilidade orçamental suficiente, o trabalho seria extensivo, mas infelizmente estamos a colocar em pontos específicos, até a aprovação do referido plano, que caso for executado, vai resolver este problema das águas que está a destruir a cidade”, afirmou.

Segundo Gerdina Didalelwa, a resolução do problema das vias passa, necessariamente por acções mais consistentes, com a implementação do plano de infra-estruturas integradas e do sistema de macrodrenagem da cidade de Ondjiva, que desde a sua fundação nunca beneficiou de requalificação.

Por seu turno, o director do gabinete de Infra-estruturas e Serviços Técnicos, Édio José, disse que também constam dos trabalhos de requalificação a selagem do nível freático das águas, através de uma estrutura de pavimento de betão, reforçado com base em malhassol com  durabilidade não inferior a 20 anos.

Avançou que Ondjiva dispõe de 22 quilómetros de estradas, na sua maioria danificadas, mas por exiguidade financeira, serão apenas intervencionadas, em duas semanas, dois quilómetros de três pontos.

Reforçou a necessidade da aprovação do projecto de infra-estruturas integradas, porque a cidade de Ondjiva está situada dentro da bacia hidrográfica do Cuvelai, que carece de trabalhos profundos de macro drenagem para permitir que as águas sejam escoadas.

A cidade de Ondjiva conta com um universo de 113 mil e 280 habitantes, residentes em 26 bairros. FI/LHE/QCB





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