Dundo - A governadora da Lunda Norte, Deolinda Satula Vilarinho, reiterou hoje, quinta-feira, que o orçamento da província previsto para o próximo ano económico, 2023, vai priorizar a conclusão das obras inacabadas.
A governante teceu tais considerações durante a reunião extraordinária do Conselho de Auscultação e Concertação Social da Comunidade, onde foi apresentada a proposta do Orçamento da província para o próximo ano económico, cifrada em 71 mil milhões, 380 milhões, 415 mil e 634 kwanzas, contra os Kz 66 mil milhões, 356 milhões, 482 mil e 967 de 2022.
Na ocasião, sublinhou que o número de obras inacabadas e paralisadas na província, não justifica novas empreitadas.
Por isso, orientou aos administradores municipais a evitarem a implementação de novos projectos enquanto não se concluir obras antigos, sobretudo nos sectores da Educação e Saúde.
"Temos que evitar que a nossa província se transforme num canteiro de obras paralisadas, por isso, apelo os administradores municipais a concluírem primeiro as obras inacabadas e depois pensarem em novos projectos", frisou.
Por outro lado, apelou aos órgãos afins, no sentido de reforçarem a fiscalização da execução dos orçamentos, para se evitar possíveis desvios.
Disse que as vias de comunicação, apoio à produção agrícola, saneamento básico, expansão da água, também devem constituir prioridades das administrações municipais.
Durante a reunião, os membros foram informados sobre a proposta da nova divisão político-administrativa, projecto de requalificação de passeios, ruas e iluminação pública da cidade do Dundo, entre outras.
A proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2023, já em posse da Assembleia Nacional para discussão, apresenta a cifra de 20.1 biliões de kwanzas, tendo como referência o barril de petróleo a USD 75, sendo que 23.9 % deste valor destina-se ao sector social, 10 % para o sector económico, 8,6 % para o defesa, segurança e ordem pública ao passo que os serviços públicos gerais contam com 12,5 %.
O orçamento continua sensível ao género, onde prevê-se 3.6 biliões de kwanzas em despesas cuja execução vai ter um impacto positivo na inclusão e no que diz respeito a sua participação na sociedade.