Peste suína africana ameaça pocilgas na Humpata

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  • Huíla     Terça, 20 Fevereiro De 2024    16h54  
Matrizes de porcos para criação entregues na Chibia
Matrizes de porcos para criação entregues na Chibia
Amélia Oliveira - ANGOP

Lubango – O município da Humpata, província da Huíla, está, novamente, a ser assolado pela peste suína africana, que já matou, em cinco dias, 562 porcos, informou hoje, terça-feira, o chefe de departamento provincial do Instituto dos Serviços de Veterinária da Huíla, José Chicomo.

A Peste suína africana (PSA) é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus composto por DNA fita dupla, pertencente à família  Asfarviridae.  A doença não acomete ao homem, sendo exclusiva de suínos domésticos e selvagens, sendo a segunda vez que afecta o município, em menos de quatro anos anos.

Em declarações à ANGOP,  José Chicomo fez saber que até agora afectou apenas uma propriedade que foi colocada em quarentena, onde foram, forçadamente, abatidos os animais, para evitar o alastramento do surto.

Citando o fazendeiro, o responsável explicou que os animais  começaram a apresentar sintomas da peste no princípio deste mês e no dia oito  os Serviços de Veterinária foram accionados, tendo destacado uma equipa que aferiu o problema e colectou amostras biológicas que foram analisadas no laboratório local e outras enviadas à Namíbia, que confirmou a doença, mediante diagnóstico por PCR.

Declarou que a  exploração  afectada já está controlada, mas no município como  tal não têm garantias, porque precisa-se colher  mais amostras noutras explorações e aferir se também estão afectados.

Apesar de não acometer aos humanos, alertou que a carne do animal doente não deve ser consumida, sob o  risco do alastramento da doença, pelo que, os Serviços de Veterinária elaboraram uma estratégia de comunicação que proíbe o consumo e a movimentação de porcos (entrada ou saída) da Humpata por um período de 90 dias.

O último surto da doença, naquela município que se destaca na criação de suínos, deu-se em Abril e Maio de 2019, tendo na altura sido dizimados mais de mil e 200 animais, na sua maior parte de empreendedores que receberam financiamento para trabalhar no fomento. BP/MS 





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