Luanda - O ministro da Cultura, Filipe Zau, considerou o Jazz como um género musical inclusivo que se renova continuamente pela incorporação de novas estruturas.
O governante falou na terça-feira, em Luanda, na cerimónia de abertura da 13ª edição do Festival Internacional de Jazz, que contou com a presença da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.
Segundo o ministro, este estilo musical vai ganhando muito mais adeptos em Angola, onde existem vários jovens que procuram tocar os clássicos e utilizar os fraseados do estilo nas suas composições.
Filipe Zau destacou o percurso histórico da música Jazz no mundo, incluindo os ritmos que surgiram em África.
Na ocasião, o governador provincial de Luanda, Manuel Homem, congratulou-se pela realização da Bienal de Luanda que se transformou numa marca que enobrece a cidade capital.
Manuel Homem considerou uma honra acolher a iniciativa do Projecto ResiliArt Angola que resulta de uma parceria com a UNESCO, American Schools of Angola (ASA), Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) e do Governo de Angola, por meio da Bienal de Luanda – Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-Violência.
Espectáculo musical
O festival iniciou com uma performance de ASA, assalto-fusão com diversos artistas que homenagearam Rui Mingas, Sara Tavares, Bill Perry e Elenor Dubinsky Quartet.
Após observar-se um intervalo, o palco recebeu Sakwe Time, Mick Trovoada e Geografic music station e Resiliart Angola Música que, acompanhados dos seus instrumentos, animaram os presentes.
Entre os artistas convidados, o saxofonista Sanguito, Massixie Dimbo Makiesse com a Angojazz, são os artistas nacionais anunciados para o Festival do Dia Internacional do Jazz, enquanto que estão confirmados artistas provenientes do Congo, Camarões, Estados Unidos de América, França, Israel, Portugal, Itália, Brasil, Gâmbia, Rússia, Moçambique e Turquia.
De Portugal, mais uma vez, veio o percussionista angolano, Mick Trovoada, que trouxe consigo artistas de diferentes nacionalidades residentes naquele país com o projecto Geograph Music Station, onde se destacam os angolanos Dilson Groove (baterista) e Nelito Gomes, com um passado nos chamados conjuntos de música moderna e os Indómitos.
Do Brasil, veio uma formação liderada por Emnile Silva Pereira e Priscilla Balby.
A parceria entre a União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP) e o projecto Resiliart Angola reúniu 23 artistas, com o objectivo de criarem obras e partilharem conhecimento.
O Festival explora os conceitos de “renascimento"e "metamorfose", evocando a necessidade de uma mudança fundamental, tanto individual quanto colectiva.
Este ano, o Jazz é celebrado sob o lema “Amanhecer no Mundo: Juntos pelo Crescimento Inclusivo, Educando pela Arte".
O evento, que termina quarta-feira, tem a participação de 40 artistas, entre nacionais e estrangeiros, e insere-se nas festividades do dia do jazz, assinalado mundialmente a 30 de Abril.
A data, visa destacar o Jazz e o seu papel diplomático de unir as pessoas em todos os cantos do mundo.
O mesmo tem como finalidade promover a cultura de paz, concorre para inspirar as gerações actual e vindoura mediante mensagens de paz, esperança e progresso social, a serem transmitidas pelos artistas nas suas actuações. SJ/OHA