Bruxelas - Os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) reforçaram hoje o apoio militar à Ucrânia para este ano, com cinco mil milhões de euros, anunciou o ministro português da tutela, e admitiu que esta ajuda "não será a última".
Segundo o ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, "os cinco mil milhões estão aprovados e houve alguma discussão sobre como é que isso pode ter impacto a curto prazo também no nosso apoio conjunto para a Ucrânia.
É um passo muito positivo, continuou, infelizmente atendendo às perspectivas actuais, não será a última ajuda através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP).
Ao falar à imprensa portuguesa em Bruxelas à margem de uma reunião dos chefes da diplomacia da UE, o responsável português pela tutela defendeu suporte contínuo a Kiev.
Denominado Fundo de Assistência à Ucrânia (FAU), o novo instrumento visa "maximizar o valor acrescentado da UE em termos de prestação de mais e melhor apoio operacional à Ucrânia, e complementou os esforços bilaterais dos Estados-membros da EU, centrando-se no aumento dos contratos públicos conjuntos das indústrias de defesa europeia e norueguesa", refere o Conselho da União em comunicado de imprensa.
As verbas em causa estavam bloqueadas no Conselho e destinam-se a assegurar que os países continuam a fornecer à Ucrânia as munições de que as forças armadas ucranianas necessitam, numa lógica de reembolso das do acções dos Estados-membros (ou seja, das existências, das compras unilaterais e conjuntas de equipamento disponível no mercado e das aquisições unilaterais).
Na sequência da decisão de hoje, o limite máximo financeiro do MEAP vai totalizar mais de 17 mil milhões de euros para o período de 2021-2027.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de Fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). DSC/AM