Diagnóstico precoce da meningite evita sequelas

     Saúde           
  • Luanda     Quarta, 24 Abril De 2024    10h37  

Luanda - O diagnóstico precoce e início imediato do tratamento da meningite permite controlar a evolução da doença e evitar sequelas ou mesmo a morte, afirmou hoje, quarta-feira, em Luanda, a especialista em medicina interna, Raquel Luís.

Falando à ANGOP, por ocasião do dia mundial da meningite (24 de Abril), a médica considerou ser fundamental ficar atento aos sintomas de alerta manifestados, como dores de cabeça, vômitos, rigidez da nuca, prostração e febre alta, devendo procurar atendimento médico a mais urgente possível.

A data, que este ano comemora-se sob o lema “Derrotar a meningite“, destaca a importância da prevenção, do diagnóstico, tratamento e da melhoria das medidas de suporte àqueles que lidam com os efeitos potencialmente devastadores dessa doença mortal.

Frisou que a doença tem afectado, sobretudo, a população mais vulnerável, com incidência para as crianças. 

No mundo mais de cinco milhões pessoas são afectadas pela meningite anualmente e em cada dez pacientes, um morre em decorrência da doença e outros dois ficam com sequelas, se não for tratada rapidamente, a doença pode causar danos permanentes ao sistema nervoso, infecção generalizada (septicemia) e em alguns casos morte em  24 horas após o início dos sintomas. 

Como forma preventiva, recomendou as pessoas a evitarem locais aglomerados, deixar os ambientes ventilados se possível ensolarados, principalmente, salas de aula, locais de trabalho e no transporte coletivo.

Exortou ainda a evitar compartilhar objectos de uso pessoal, reforçar os hábitos de higiene, lavando as mãos com frequência, especialmente antes das refeições, bem como manter a vacinação em dia.

Sobre a doença

A responsável definiu Meningite como uma infecção que se instala, principalmente, quando uma bactéria ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas do organismo e ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central.

Existem três tipos de meningite Viral, bacteriana e fúngica, sendo a bacteriana a mais grave e a que precisa de mais atenção, “neste caso a doença pode deixar sequelas graves e o tratamento acontece em ambientes hospitalares, onde o paciente é isolado e tratado com antibióticos", frisou.

A contaminação nesse caso acontece quando há contacto com as secreções do paciente.

Cobertura vacinal contra meningite

Segundo a coordenadora do Programa de Vacinação, Felismina Neto  a baixa cobertura vacinal nas crianças e adolescentes é uma das causas do aumento do risco de meningite, embora o programa nacional de vacinação ainda prima pela prevenção, por meio da vacina, que é a forma mais simples, segura e eficaz para se proteger contra as doenças infecciosas.

“É necessário que exista um cumprimento da caderneta de vacinação para preveni-los contra esta patologia e não só“, aconselhou.

A vacinação de adolescentes tem um grande impacto no controlo da meningite, visto que 20 por cento  dos indivíduos desse grupo podem ser portadores da bactéria  Neisseria meningitidis. 

Para a coordenadora, as escolas têm um papel fundamental na verificação e manutenção do cartão  de vacinação de crianças e adolescentes, podendo estimular um debate na comunidade sobre a importância da vacinação e realizar várias acções.

Realçou que para que estas acções sejam ainda mais eficientes, é importante estimular a participação dos encarregados de educação  no acompanhamento da protecção vacinal da criança ou adolescente. Com isso, refere, já se poderá ter uma noção do quadro de imunização de cada aluno, possibilitando assim um maior cumprimento por parte dos pais, para evitar a disseminação da doença no seio escolar. 

Meningite no Mundo  

Estima-se que 20 por cento  dos indivíduos infectados não resistam à doença. Os sobreviventes  correm o risco de sofrer amputações,  já que a infecção compromete a circulação sanguínea e pode causar necrose das extremidades do corpo.

A letalidade da doença é maior em crianças pequenas, abaixo de um ano de idade; no entanto, os maiores transmissores da doença são os adolescentes e jovens adultos. EVC/PA





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