Caála - O Instituto Nacional da Criança (INAC) no município da Caála está a trabalhar na revitalização da Rede de Protecção a esta franja da sociedade, para uma protecção mais integral, soube a ANGOP.
Composta por 35 integrantes, a rede sob coordenação da administradora adjunta para o sector Político, Social e das Comunidades da municipalidade, Felismina Ussombo, congrega responsáveis da Acção Social e Antigos Combates, da Saúde, da Educação, do Interior, da Justiça e dos Direitos Humanos, da Agricultura, entre outras entidades.
Na ocasião, o responsável do INAC na província do Huambo, Eusébio Evaristo, informou que a Rede de Protecção à criança é um espaço de discussão dos múltiplos aspectos ligados aos petizes e, ao mesmo tempo, assegurar o cumprimento dos seus direitos e os 11 Compromissos assumidos pelo Estado angolano.
O responsável disse haver uma necessidade gritante de todos os actores sociais, sobretudo, as famílias, em compreender as suas responsabilidades em relação aos menores, daí a aposta na criação e reactivação deste órgão nos 11 municípios da província do Huambo.
Acrescentou que a criação desta rede constitui o complemento do projecto “ Município Amigo da Criança”, implementado recentemente nesta região, pelo Ministério da Acção Social, Família e Igualdade do Género, onde os municípios do Bailundo, Caála, Bailundo, Huambo e Longonjo, concorrem a capital deste projecto.
O programa “Município Amigo da Criança”, que conta com o acompanhamento do Conselho Nacional de Acção Social e a supervisão do INAC, terá como vencedores o município que domina a real situação dos petizes em todos os domínios e busca estratégias integralmente para o bem-estar deste segmento social.
Deste modo, destacou o município da Caála como um dos que regista pouca incidência de problemas ligados à criança, como exploração infantil e a presença de crianças de e na rua.
Em termos de violência contra menores, Eusébio Evaristo deu a conhecer que, de Janeiro à presente data, foram registados perto de 350 casos, seis dos quais de violência sexual e 78 de fuga à paternidade.
Lamentou a fraca cultura de denúncias da população dos casos de violência contra os menores, que muitas das vezes ocorreremna família, uma situação que se pretende reverter, nos próximos tempos, com a intensificação das acções de sensibilização.
Por seu turno, a administradora adjunta para o sector Político, Social e das Comunidades do município da Caála, Felismina Ussombo, enalteceu a iniciativa do INAC, ao assegurar o compromisso e engajamento da rede de protecção à criança, na garantia do bem-estar desta franja social.
Lembrou, no entanto, que o município por via da Acção Social tem vindo a trabalhar em prol da criança, através do apoio às famílias vulneráveis. MLV/JSV/ALH