Huambo – Mais de 50 mil cidadãos, entre homens e mulheres adultos, aprenderam a ler e a escrever, nos últimos cinco anos, na província do Huambo, com a massificação das acções de alfabetização nas comunidades, levadas a cabo pela Organização da Mulher Angolana (OMA).
A informação foi prestada, esta segunda-feira, pela secretária cessante da OMA nesta região, Bibiana Nandombua, quando fazia, em conferência de imprensa, o balanço das actividades realizadas nos últimos dez anos em que esteve à frente da organização feminina do MPLA, partido no poder em Angola.
Na ocasião, realçou que o programa de combate ao analfabetismo deve contar com o envolvimento de todas as forças vivas, para que mais cidadãos adultos, sobretudo, das zonas rurais, saibam ler e escrever.
A esse respeito, Bibiana Nandombua lembrou que até 2017 cerca de 30 mil homens e mulheres foram alfabetizados.
A dirigente lamentou o facto de os mais de 10 mil adultos matriculados, este ano, não terem concluído a formação, depois da interrupção das aulas no mês de Março, em sede das medidas de prevenção e combate à covid-19.
“Estou em fim de mandato em frente da OMA no Huambo, por isso, espero que a minha sucessora, que deve ser eleita em Janeiro de 2021, venha a dar continuidade às acções de alfabetização e empoderamento da mulher, dentro do espírito do Fundador da Nação, Doutor António Agostinho Neto”, rematou.
Acrescentou que este legado do Presidente Neto, segundo o qual “quem sabe ensina e que não sabe aprende”, deve nortear o quotidiano das militantes da OMA, para a erradicação do analfabetismo no país e, em particular, nos 11 municípios.
Noutra parte das declarações, Bibiana Nandombua disse que durante o seu mandato foram criadas 500 associações de camponeses, quitandeiras, zungueiras, pasteleiras e outras, enquanto mais de 400 mulheres estão a beneficiar de micro-créditos, cedidos pelo Banco Sol desde 2011.
Com estas iniciativas, conforme a dirigente da OMA, pretende-se dar maior autonomia financeira, com a criação de pequenas organizações, quer por via do campo, quer por via dos mercados informais, para terem maior capacidade de renda familiar.
Disse terem sido criados ainda 18 centros de formação profissional, em igual número de comunas, onde as mulheres aprendem sobre costura, culinária, pastelaria e produção de sabão artesanal, no âmbito do empoderamento desta franja da sociedade.
OMA (Organização da Mulher Angola) foi fundada no dia 02 de Março de 1962, como braço feminino do MPLA.