Luena - O Director-geral do Instituto Superior de Hotelaria e Turismo da Universidade Agostinho Neto, Miguel Fernando, defendeu a isenção de impostos aos empresários que queiram investir em infraestruturas turísticas nas províncias do Moxico, Bengo e Cuanza-Sul.
Conforme o responsável, a isenção de impostos fiscais vai incentivar os empresários a implementar projectos para dinamizar o turismo, sobretudo com a construção de infra-estruturas afim.
Professor em economia de indústria e inovação tecnológica, desenvolvimento organizacional e estudos de organizações do ISHT - UAN, Miguel Fernado é de opinião que o Estado "abraçar" tal medida, visto que o investimento no turismo, sobretudo em infraestruturas hoteleiras, contribui no desenvolvimento dos países a nível do mundo.
Miguel Fernando, que dissertou "A importância do agroturismo para o desenvolvimento turístico do Moxico", no I Fórum Regional de Desenvolvimento Turístico, aconselhou aos empresários investem na construção de resort´s em zonas paisagística, históricas, rios, lagos e parques nacionais, assim como em fazendas, sobretundo no Moxico, Bengo, Cuanza-Sul por "serem virgens" em termos de infraestruturas.
"As pessoas querem respirar ar puro, ver animais selvagens, se alimentar com produtos de campo", aconselhou o especialista, pois é um meio muito rentável e sustentável.
Por sua vez, a chefe de departamento provincial do Turismo na Lunda-Norte, Natália Capaxe, no debate dos gestores naquele evento, disse que há diversas formas para se explorar o turismo, começando pela construção de estradas e, posteriormente, o de infraestruturas.
Caracterizou a Lunda-Norte como sendo rica em termos de locais turísticos como o Museu Nacional de Dundo, a Lagoa de Carumbo, uma das sete maravilhas do país, Lagoa de Mussalala, rica em diamante, a Centralidade do Mussungue, para além dos hábitos e costumes dos povos.
Já o administrador adjunto do município de Katchiungo para área Técnica, Joaquim Terça, sugeriu a melhoria, conservação e proteção do património natural.
Promover a valorização do património cultural e etnográfico, bem como projetar no exterior a imagem favorável do país, são igualmente desafios do turismo, reiterou o administrador municipal da Cameia, António Willis.
Nessa senda, o director-geral do Instituto Superior Politécnico do Moxico, Manuel Bandeira, considerou o evento "produtivo", dado o facto de o evento recomendar catalogação das zonas, monumentos e sítios turisticos, duplicar as acções de marketing e publicidade.
O responsável disse que o evento produzirá um relatório sobre o que se tratou no fórum e se aprofundará as perspectivas do estado actual do turismo,estes trabalhos poderão ajudar os estudantes universitários na realização de um trabalho científico para a sua monografia.
Durante dois dias, o evento, que decorreu sob lema “Potenciar o turismo como indústria de paz na terra de paz”, foram abordado o turismo, cultura, economia, planejamento, empreendedorismo e economia.
Hoje, o último, estará reservado para uma excursão às quedas de Tchihumbwe, uma das sete Maravilhas de Angola, situadas no município do Dala, provincia da Lunda Sul, 100 quilómetros a Norte do Luena (Moxico).
O I Fórum Regional de Desenvolvimento Turístico no Litoral, Centro, Sul e Leste do país, foi presenciado por governantes, empresários, empreendedores da província anfitriã (Moxico), e das Lunda Sul, Lunda Norte, Bié, Huambo, Benguela, Cuanza-Sul e Namibe.
Entre 2016 a 2022, o Ministério do Turismo de Angola registou um milhão, 351 mil, 733 turistas estrangeiros vindos do Médio Oriente, Estados Unidos da América, de países africanos e da Europa, sendo esses últimos na maior porção, representando 51%, do global, seguido de africanos com 17% e asiáticos com 15%. LTY/YD