Menongue - O ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, afirmou, esta terça-feira, no Cuando Cubango, que a região angolana do Okavango se tornará, fruto dos investimentos nacionais e estrangeiros, num marco para fomentar o turismo e a empregabilidade.
O governante falava à imprensa, após desembarcar no aeroporto Comandante Kwenha, na cidade do Menongue, para participar, de 17 a 22 do corrente mês, no I Fórum dos Investidores da região angolana do Okavango, que contará a presença de mais de 200 convidados, entre nacionais e estrangeiros.
Felipe Zau assegurou que o desafio que se afigura para o Cuando Cubango passa em fazer com que, tanto a nível nacional, como internacional, esta região venha beneficiar de investidores do ramo turístico e cultural, para que, no futuro, o local seja um destino para os turistas.
Com esse destino turístico, acrescentou, Angola irá beneficiar da referida área que irá participar da diversificação da economia, bem como da atracção para mais empregabilidade dos jovens, pois o sector do turismo garante esta facilidade para muita gente.
Conforme o governante, espera-se, com a realização do fórum, a melhoria do ambiente de negócios e, desta forma, a abertura para o investimento, tendo em conta que uma dos grandes ganhos foi a isenção dos vistos, tornado o país mais aberto a este desafio.
“Hoje em dia, maior parte das pessoas já não se interessam por grandes hotéis, mas sim ver a natureza, animais e ter o contacto mais directo com a população”, referiu o ministro, para quem a região do Okavango, tido como santuário do turismo, poderá se tornar num marco para alavancar o sector em Angola.
Felipe Zau recordou que Angola nunca teve uma tradição em turismo, uma vez que, no tempo colonial, para se vir ao país era necessária uma “carta de chamada”, situação agudizada com a guerra civil, impossibilitando condições para se apostar no sector, de forma verdadeira.
Para o governante, não é só pelos hotéis que se faz o turismo, mas, através do caravanismo, campismo e a observação de pássaros, bem como o turismo de aventura, onde os turistas podem escalar Angola por bicicletas, contactando as pessoas.
Nesta digressão, sublinhou, os turistas normalmente trazem divisas, deixando, através dos seus cartões, dinheiro, factor muito importante, daí a necessidade da criação de condições essenciais de acomodação sem grandes implicações no investimento.
De referir que, a realização do 1º Fórum de Investidores da região angolana de Okavango é da iniciativa do Presidente da República, João Lourenço, que no a 24 de Julho de 2023, depois de uma visita ao homólogo de Botswana, Mokgweetsi Eric Masisi, abordou o assunto, dentro da cooperação existente entre os dois países.
Na ocasião, o Chefe de Estado angolano definiu o turismo como um sector prioritário na estratégia de diversificação da economia, que passa pelo aproveitamento das potencialidades turísticas da região angolana de Okavango, zona que integra a Área Transfronteiriça Okavango-Zambeze, congregada por Angola, Namíbia, Botswana, Zâmbia e Zimbabwe. ALK/FF/ALH