IGAPE celebra contratos com intermediários financeiros
07 Julho de 2020 | 22h39 - Actualizado em 07 Julho de 2020 | 22h39
Luanda - O Instituo de Gestão e Activos do Estado (Igape) celebra, em breve, contrato com os intermediários financeiros que vão auxiliar a implementação das estratégias para a concretização da privatização dos quatro activos financeiros do Estado.
Trata-se do Banco de Comércio e Indústria (BCI), a alienar a 100% em leilão em bolsa, a venda por concurso publico limitado por previa qualificação de 25% (via Sonangol) do Banco Caixa Geral Angola (BCGA) e 10% ( 8,5% Sonangol) e (1,5% da Endiama) no Banco Angolano de Investimento (BAI).
Outra instituição financeira alistada é a Ensa-Seguros de Angola ainda sem o valor percentual a alienar definido, que será privatizada por fases.
Depois dos despachos de autorização para privatização dos activos financeiros do Estado, o Igape encerrou recentemente com a fase da recepção das propostas do concurso público, neste caso para o BCI, para a contração da instituição financeira, que do qual participaram bancos membros da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva), sendo um dos requisitos para participação do leilão em bolsa.
Ednilson Sousa, responsável do grupo de acompanhamento e execução do programa de privatizações no sector financeiro, referiu que duas, das quatro propostas já se encontram na fase final de negociação para a celebração do contrato, cujo vencedor será conhecido nos próximos dias.
Em videoconferência de esclarecimento dirigida nesta terça-feira, à investidores interessados, intermediários e takeholders, Ednilson Sousa referiu que os intermediário financeiro a contratar vai trabalhar na recolha de informação e dar inicio as suas actividades do “due diligence financeira com relação ao banco ( diligência previa em português) para a avalidação do banco e encontrarem o preço de referencia para sua alienação.
O banco membro Bodiva eleito, de acordo com o responsável, tem consórcio com escritórios de advogados internacionais e com um banco de investimento internacional com elevada experiência comprovada em processo de privatização, fusões e aquisições.
Após este processo será publicado em decreto o anúncio da abertura formal para a fase de apresentação candidaturas e, neste caso, serão avaliadas as propostas dos s concorrentes para o seu apuramento para a fase seguinte, neste caso, a fase do leilão em bolsa.
Enquanto isso, a Ensa- Seguros de Angola, outro activo financeiro com percentagem a definir, está em fase de saneamento financeiro para se acautelar as ineficiências detectadas, além da constituição de provisões em função dos prêmios em cobrança de elevada antiguidade e saneamento de dívida do sector empresarial público e a adopção de um modelo de governação internacionais mais adequadas para o processo de privatização.
Em torno deste terminou, no dia 06 de Julho, o concurso para a contratação dos serviços processo de contratação de intermediários financeiros e acessória jurídica, para a posterior avaliação as mesmas para o apuramento do candidato do concorrente vencedor.
Após esta fase terá inicio do processo do “due deligence” e avaliação da empresa seguradora, para depois ser feita a abertura formal da fase de apresentação das propostas.
Enquanto isso, para o Banco Angolano de investimento (BAI), a equipa em torno deste processo já procedeu interações com os takeholders do banco, para a concertação e o aviso formal para a venda da participação do Estado dos 10% detidos pela Sonangol (8,5%) e Endiama (1,5%), que será feito via de concurso limitado por prévia qualificação.
“ Dentro de dias será lançado os concursos para a intermediação financeira dos respectivos bancos e podermos dar seguimento as fases subsequentes da privatização”, avançou Ednilson Sousa.
Alterada modalidade
O processo de privatização do Banco de Comércio e Indústria (BCI) e a Ensa- Seguros de Angola, que será conduzido até o final deste ano, sofreu alterações após diagnóstico dos resultados financeiros.
Para o caso do BCI, o programa de alienação, a 100% , previa a privatização por via de uma oferta publica inicial (IPO’S sigla em inglês), mas a avaliação de qualidade que a instituição financeira foi submetida pelo Banco Nacional de Angola (BNA), bem como implementação da Norma Internacional de Relatório Financeiro 9 (IFR9), reflectiram negativamente nos resultados.
Tal diagnóstico, de acordo com Ednilson Sousa alterou o processo de privatização que passa a ser por via de leilão em bolsa com um mais blocos indivisíveis de acções, para posteriormente ser feito por um IPO.
Durante os esclarecimentos dirigidos à investidores interessados, intermediários e takeholders, Ednilson Sousa referiu que tal diagnóstico reflectiu de forma negativa para o seu balanço, o que obrigou a alteração nos procedimentos da privatização.
Lembrar que, o BCI vai precisar de 57 mil milhões de kwanzas para a sua recapitalização, depois de ter efectuado um conjunto de ajustamentos decorrente da avaliação da qualidade de activos e implementação da Norma Internacional de Relatório Financeiro 9 (IFR9).
A recapitalização do banco previa obedecer a duas fases, sendo a primeira até 30 de Junho de 2020, no montante de Kz 30 mil milhões e a segunda, até Dezembro de 2020, no valor de Kz 27 mil milhões, tal como orientação Decreto Executivo do Ministério das Finanças nº 164/20 de 08 de Maio.
Para a Ensa- Seguros de Angola, cuja a percentagem de privatização ainda está por ser definida, a sua privatização estava igualmente prevista por via de uma oferta publica inicial, mas de acordo com o diagnostico efectuado será uma opção descartada nesta fase, tendo em conta as deficiências detectadas e a necessidade de saneamento, reestruturação interna, assim como o seu modelo de governação.
“Também detectou-se a impossibilidade da sua privatização por via de uma oferta publica inicial, sendo-se optado por uma privatização por fases”, avançou o responsável.
Um fase inicial será feita por um parceiro estratégico com capacidade técnica e financeira comprovada, para dar continuidade a actividade da segurada e alavancar a própria empresa e desta feita auxiliar na preparação desta para sua privatização, por via de uma oferta publica inicial.
Em 2019, a Ensa registou perdas de 9,9 mil milhões Kz em 2019, fruto de medidas de saneamento financeiro desencadeadas pela administração, sobretudo associadas à constituição de provisões técnicas e para prémios em cobrança.
Enquanto isso, mantém os procedimentos definidos no programa de privatizações do 25% de participação no Estado no Banco Caixa Geral Angola (BCGA) e os 10% do BAI, que será por via do concurso publico limitado por prévia qualificação.
07 Julho de 2020 | 22h39 - Actualizado em 07 Julho de 2020 | 22h39
Luanda - O Instituo de Gestão e Activos do Estado (Igape) celebra, em breve, contrato com os intermediários financeiros que vão auxiliar a implementação das estratégias para a concretização da privatização dos quatro activos financeiros do Estado.
Trata-se do Banco de Comércio e Indústria (BCI), a alienar a 100% em leilão em bolsa, a venda por concurso publico limitado por previa qualificação de 25% (via Sonangol) do Banco Caixa Geral Angola (BCGA) e 10% ( 8,5% Sonangol) e (1,5% da Endiama) no Banco Angolano de Investimento (BAI).
Outra instituição financeira alistada é a Ensa-Seguros de Angola ainda sem o valor percentual a alienar definido, que será privatizada por fases.
Depois dos despachos de autorização para privatização dos activos financeiros do Estado, o Igape encerrou recentemente com a fase da recepção das propostas do concurso público, neste caso para o BCI, para a contração da instituição financeira, que do qual participaram bancos membros da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva), sendo um dos requisitos para participação do leilão em bolsa.
Ednilson Sousa, responsável do grupo de acompanhamento e execução do programa de privatizações no sector financeiro, referiu que duas, das quatro propostas já se encontram na fase final de negociação para a celebração do contrato, cujo vencedor será conhecido nos próximos dias.
Em videoconferência de esclarecimento dirigida nesta terça-feira, à investidores interessados, intermediários e takeholders, Ednilson Sousa referiu que os intermediário financeiro a contratar vai trabalhar na recolha de informação e dar inicio as suas actividades do “due diligence financeira com relação ao banco ( diligência previa em português) para a avalidação do banco e encontrarem o preço de referencia para sua alienação.
O banco membro Bodiva eleito, de acordo com o responsável, tem consórcio com escritórios de advogados internacionais e com um banco de investimento internacional com elevada experiência comprovada em processo de privatização, fusões e aquisições.
Após este processo será publicado em decreto o anúncio da abertura formal para a fase de apresentação candidaturas e, neste caso, serão avaliadas as propostas dos s concorrentes para o seu apuramento para a fase seguinte, neste caso, a fase do leilão em bolsa.
Enquanto isso, a Ensa- Seguros de Angola, outro activo financeiro com percentagem a definir, está em fase de saneamento financeiro para se acautelar as ineficiências detectadas, além da constituição de provisões em função dos prêmios em cobrança de elevada antiguidade e saneamento de dívida do sector empresarial público e a adopção de um modelo de governação internacionais mais adequadas para o processo de privatização.
Em torno deste terminou, no dia 06 de Julho, o concurso para a contratação dos serviços processo de contratação de intermediários financeiros e acessória jurídica, para a posterior avaliação as mesmas para o apuramento do candidato do concorrente vencedor.
Após esta fase terá inicio do processo do “due deligence” e avaliação da empresa seguradora, para depois ser feita a abertura formal da fase de apresentação das propostas.
Enquanto isso, para o Banco Angolano de investimento (BAI), a equipa em torno deste processo já procedeu interações com os takeholders do banco, para a concertação e o aviso formal para a venda da participação do Estado dos 10% detidos pela Sonangol (8,5%) e Endiama (1,5%), que será feito via de concurso limitado por prévia qualificação.
“ Dentro de dias será lançado os concursos para a intermediação financeira dos respectivos bancos e podermos dar seguimento as fases subsequentes da privatização”, avançou Ednilson Sousa.
Alterada modalidade
O processo de privatização do Banco de Comércio e Indústria (BCI) e a Ensa- Seguros de Angola, que será conduzido até o final deste ano, sofreu alterações após diagnóstico dos resultados financeiros.
Para o caso do BCI, o programa de alienação, a 100% , previa a privatização por via de uma oferta publica inicial (IPO’S sigla em inglês), mas a avaliação de qualidade que a instituição financeira foi submetida pelo Banco Nacional de Angola (BNA), bem como implementação da Norma Internacional de Relatório Financeiro 9 (IFR9), reflectiram negativamente nos resultados.
Tal diagnóstico, de acordo com Ednilson Sousa alterou o processo de privatização que passa a ser por via de leilão em bolsa com um mais blocos indivisíveis de acções, para posteriormente ser feito por um IPO.
Durante os esclarecimentos dirigidos à investidores interessados, intermediários e takeholders, Ednilson Sousa referiu que tal diagnóstico reflectiu de forma negativa para o seu balanço, o que obrigou a alteração nos procedimentos da privatização.
Lembrar que, o BCI vai precisar de 57 mil milhões de kwanzas para a sua recapitalização, depois de ter efectuado um conjunto de ajustamentos decorrente da avaliação da qualidade de activos e implementação da Norma Internacional de Relatório Financeiro 9 (IFR9).
A recapitalização do banco previa obedecer a duas fases, sendo a primeira até 30 de Junho de 2020, no montante de Kz 30 mil milhões e a segunda, até Dezembro de 2020, no valor de Kz 27 mil milhões, tal como orientação Decreto Executivo do Ministério das Finanças nº 164/20 de 08 de Maio.
Para a Ensa- Seguros de Angola, cuja a percentagem de privatização ainda está por ser definida, a sua privatização estava igualmente prevista por via de uma oferta publica inicial, mas de acordo com o diagnostico efectuado será uma opção descartada nesta fase, tendo em conta as deficiências detectadas e a necessidade de saneamento, reestruturação interna, assim como o seu modelo de governação.
“Também detectou-se a impossibilidade da sua privatização por via de uma oferta publica inicial, sendo-se optado por uma privatização por fases”, avançou o responsável.
Um fase inicial será feita por um parceiro estratégico com capacidade técnica e financeira comprovada, para dar continuidade a actividade da segurada e alavancar a própria empresa e desta feita auxiliar na preparação desta para sua privatização, por via de uma oferta publica inicial.
Em 2019, a Ensa registou perdas de 9,9 mil milhões Kz em 2019, fruto de medidas de saneamento financeiro desencadeadas pela administração, sobretudo associadas à constituição de provisões técnicas e para prémios em cobrança.
Enquanto isso, mantém os procedimentos definidos no programa de privatizações do 25% de participação no Estado no Banco Caixa Geral Angola (BCGA) e os 10% do BAI, que será por via do concurso publico limitado por prévia qualificação.