Governo oferece meios para repatriar refugiados
19 Agosto de 2019 | 18h33 - Actualizado em 19 Agosto de 2019 | 18h33
REFUGIADOS NO CAMPO DO LÓVUA
Foto: HÉLDER DIAS
Dundo - O Governo angolano disponibilizou, nesta segunda-feira, três camiões para o transporte dos 18 mil e 800 refugiados da República Democrática do Congo (RDC), que decidiram abandonar, unilateralmente, o Centro de Acolhimento do Lóvua, província da Lunda Norte.
Além dos camiões, as autoridades angolanas, através dos órgãos de segurança e defesa, bem como do Gabinete da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, disponibilizaram bens alimentares, seis ambulâncias, camiões cisternas para o abastecimento de água durante o percurso e mais de 80 efectivos para garantir a segurança dos refugiados.
No total, estavam assentados no Centro de Acolhimento do Lóvua 23 mil e 684 refugiados, desde Maio de 2017, entre os quais 11 mil e 648 crianças e 600 mulheres grávidas.
Até a madrugada desta segunda-feira, oito mil refugiados caminharam cerca de 20 quilómetros e montaram um acampamento na sede do município do Lóvua, para descansar, com o intuito de continuar até à fronteira com a RDC.
Os refugiados serão repatriados a partir das fronteiras do Chissanda, Tchicolondo e Marco 25, para as províncias do Kassai e Kassai Central (RDC).
De acordo com o ministro angolano da Defesa, Salviano Cerqueira, está prevista para os próximos dias a disponibilização de mais 16 camiões das Forças Armadas Angolanas (FAA), para permitir o repatriamento dos refugiados, num período de pelo menos 45 dias.
O também coordenador da comissão multissectorial enviada àquele centro de acolhimento, nesta segunda-feira, anunciou que o governo está a tratar dos mecanismos para acrescer os meios logísticos e de transporte, para acelerar o processo.
A migração dos cidadãos congoleses para Angola derivou da violência extrema e generalizada, causada por tensões políticas e étnicas na RDC, em 2017.
A decisão dos congoleses de abandonar o centro do Lóvua contraria a recomendação da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que perspectiva o seu repatriamento a partir de Setembro próximo.
Entretanto, os refugiados lamentam as condições sociais básicas, dizem-se agastados com a decisão do ACNUR e caminham voluntariamente para as regiões da RDC.
19 Agosto de 2019 | 18h33 - Actualizado em 19 Agosto de 2019 | 18h33

REFUGIADOS NO CAMPO DO LÓVUA
Foto: HÉLDER DIAS
Dundo - O Governo angolano disponibilizou, nesta segunda-feira, três camiões para o transporte dos 18 mil e 800 refugiados da República Democrática do Congo (RDC), que decidiram abandonar, unilateralmente, o Centro de Acolhimento do Lóvua, província da Lunda Norte.
Além dos camiões, as autoridades angolanas, através dos órgãos de segurança e defesa, bem como do Gabinete da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, disponibilizaram bens alimentares, seis ambulâncias, camiões cisternas para o abastecimento de água durante o percurso e mais de 80 efectivos para garantir a segurança dos refugiados.
No total, estavam assentados no Centro de Acolhimento do Lóvua 23 mil e 684 refugiados, desde Maio de 2017, entre os quais 11 mil e 648 crianças e 600 mulheres grávidas.
Até a madrugada desta segunda-feira, oito mil refugiados caminharam cerca de 20 quilómetros e montaram um acampamento na sede do município do Lóvua, para descansar, com o intuito de continuar até à fronteira com a RDC.
Os refugiados serão repatriados a partir das fronteiras do Chissanda, Tchicolondo e Marco 25, para as províncias do Kassai e Kassai Central (RDC).
De acordo com o ministro angolano da Defesa, Salviano Cerqueira, está prevista para os próximos dias a disponibilização de mais 16 camiões das Forças Armadas Angolanas (FAA), para permitir o repatriamento dos refugiados, num período de pelo menos 45 dias.
O também coordenador da comissão multissectorial enviada àquele centro de acolhimento, nesta segunda-feira, anunciou que o governo está a tratar dos mecanismos para acrescer os meios logísticos e de transporte, para acelerar o processo.
A migração dos cidadãos congoleses para Angola derivou da violência extrema e generalizada, causada por tensões políticas e étnicas na RDC, em 2017.
A decisão dos congoleses de abandonar o centro do Lóvua contraria a recomendação da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que perspectiva o seu repatriamento a partir de Setembro próximo.
Entretanto, os refugiados lamentam as condições sociais básicas, dizem-se agastados com a decisão do ACNUR e caminham voluntariamente para as regiões da RDC.