Censo aponta mais de 600 mil pessoas com deficiência no país
22 Outubro de 2018 | 18h56 - Actualizado em 22 Outubro de 2018 | 19h58
Luanda - A prevalência da deficiência da população em Angola é de 2,5 porcento, o que corresponde seiscentas e cinquenta e seis mil, duzentas e cinquenta e oito pessoas com deficiência, segundo dados do censo populacional 2014 avançados hoje, segunda-feira, em Luanda.
A constatação foi feita hoje, terça-feira, em Luanda, pela ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (Masfamu), Victória da Conceição, durante a sessão de abertura do “Seminário de Capacitação sobre Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência".
A governante fez saber que das 656 mil 258 pessoas com deficiência, 365 mil 858 são homens e 290 mil e 400 são mulheres, sendo que a deficiência motora é a mais representativa com a prevalência de 32,3 porcento, seguida da sensorial com 19 porcento e a deficiência mental, com 13,6 porcento.
“Ciente dessa realidade, o Executivo angolano reconhece que as pessoas com deficiência continuam a ocupar um papel de destaque nas prioridades da sua agenda e preocupado com o bem-estar desta franja da sociedade, aprovou um conjunto de diplomas legais e criou medidas e acções concretas como a política, estratégia e o plano integrado de acções sobre deficiência, a Lei da pessoa com deficiência e inclusão da criança com deficiência”, ressaltou.
A titular da pasta informou que no quadro do projecto de estruturação económica das comunidades, está em curso o processo de apoio a constituição de 14 cooperativas de pessoas com deficiência, nas províncias de Benguela, Bengo, Cabinda, Huíla, Uíge e Zaire no domínio de corte e costura, artesanato, serviço de moto-taxi bem como mecânica e agricultura.
Para Victoria da Conceição a Lei das Acessibilidades veio introduzir mudanças de mentalidade ao cidadão relativamente a compreensão da pessoa com deficiência, com a garantia da inclusão da Língua Gestual angolana (LGA) na lista da língua nacional e facilitar o acesso a educação, ensino, formação e emprego.
“A adesão de Angola a Convenção sobre os direitos da pessoa com deficiência, bem como a ratificação da mesma e dos seus protocolos adicionais em 2013, foi mais uma prova do compromisso sério que o Executivo tem com este grupo da população. Com a ratificação, Angola passou a ser membro de pleno direito dos Estados Parte da Convenção”, disse.
Segundo a ministra, só este ano o Masfamu apoiou cerca de duas mil pessoas com deficiência com diversos meios de locomoção e ajudas técnicas.
Reconheceu ainda existir muitos desafios em relação a satisfação plena das necessidades deste grupo alvo e a relevância do trabalho transversal, multissectorial e multidisciplinar que deve ser realizado para responder as aspirações das pessoas com deficiência e de forma a trabalhar na solução dos problemas e dificuldades com vista na prevenção dos riscos, protecção e inclusão social.
Estiveram presentes na abertura a vice-governadora de Luanda para a área Político e Social, Ana Paula Correia, o secretário nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos do Brasil, Marcos Pellegrini.
22 Outubro de 2018 | 18h56 - Actualizado em 22 Outubro de 2018 | 19h58
Luanda - A prevalência da deficiência da população em Angola é de 2,5 porcento, o que corresponde seiscentas e cinquenta e seis mil, duzentas e cinquenta e oito pessoas com deficiência, segundo dados do censo populacional 2014 avançados hoje, segunda-feira, em Luanda.
A constatação foi feita hoje, terça-feira, em Luanda, pela ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (Masfamu), Victória da Conceição, durante a sessão de abertura do “Seminário de Capacitação sobre Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência".
A governante fez saber que das 656 mil 258 pessoas com deficiência, 365 mil 858 são homens e 290 mil e 400 são mulheres, sendo que a deficiência motora é a mais representativa com a prevalência de 32,3 porcento, seguida da sensorial com 19 porcento e a deficiência mental, com 13,6 porcento.
“Ciente dessa realidade, o Executivo angolano reconhece que as pessoas com deficiência continuam a ocupar um papel de destaque nas prioridades da sua agenda e preocupado com o bem-estar desta franja da sociedade, aprovou um conjunto de diplomas legais e criou medidas e acções concretas como a política, estratégia e o plano integrado de acções sobre deficiência, a Lei da pessoa com deficiência e inclusão da criança com deficiência”, ressaltou.
A titular da pasta informou que no quadro do projecto de estruturação económica das comunidades, está em curso o processo de apoio a constituição de 14 cooperativas de pessoas com deficiência, nas províncias de Benguela, Bengo, Cabinda, Huíla, Uíge e Zaire no domínio de corte e costura, artesanato, serviço de moto-taxi bem como mecânica e agricultura.
Para Victoria da Conceição a Lei das Acessibilidades veio introduzir mudanças de mentalidade ao cidadão relativamente a compreensão da pessoa com deficiência, com a garantia da inclusão da Língua Gestual angolana (LGA) na lista da língua nacional e facilitar o acesso a educação, ensino, formação e emprego.
“A adesão de Angola a Convenção sobre os direitos da pessoa com deficiência, bem como a ratificação da mesma e dos seus protocolos adicionais em 2013, foi mais uma prova do compromisso sério que o Executivo tem com este grupo da população. Com a ratificação, Angola passou a ser membro de pleno direito dos Estados Parte da Convenção”, disse.
Segundo a ministra, só este ano o Masfamu apoiou cerca de duas mil pessoas com deficiência com diversos meios de locomoção e ajudas técnicas.
Reconheceu ainda existir muitos desafios em relação a satisfação plena das necessidades deste grupo alvo e a relevância do trabalho transversal, multissectorial e multidisciplinar que deve ser realizado para responder as aspirações das pessoas com deficiência e de forma a trabalhar na solução dos problemas e dificuldades com vista na prevenção dos riscos, protecção e inclusão social.
Estiveram presentes na abertura a vice-governadora de Luanda para a área Político e Social, Ana Paula Correia, o secretário nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos do Brasil, Marcos Pellegrini.