Pretória (Da correspondente) - Delegações da África do Sul e da República Popular da China iniciaram hoje, no Palácio Presidencial "Union Buildings", as conversações oficiais, no quadro da visita de Estado do Presidente chinês, Xi Jinping, ao país africano.
Segundo apurou a ANGOP, a agenda das negociações, que decorrem na presença dos Presidentes Cyril Ramaphosa e Xi Jinping, inclui, entre outros assuntos, a busca de estratégias que garantam o melhor desenvolvimento das economias dos dois países.
Antes, o presidente Cyril Ramaphosa disse que os países, enquanto parceiros, devem trabalhar com base em estratégias que garantam o rápido desenvolvimento socioeconómico.
“Estou ansioso em aprofundar a colaboração no âmbito da doutrina e estratégia de prosperidade comum nos planos de Desenvolvimento Nacional e de Reconstrução Económica e Desenvolvimento", sublinhou.
Avançou igualmente que a África do Sul está interessada em aproveitar o potencial de desenvolvimento da Iniciativa (Cinturão e Rota da China), anunciada pelo Presidente Xi Jinping em 2013.
Actualmente, os dois países colaboram em plataformas estratégicas internacionais, como o Fórum de Cooperação China-África, BRICS, G20, Aliança G77 mais a China, entre outros.
A China, que se tornou a segunda maior economia do mundo em 2010, e a Rússia, antigo aliado do ex-movimento de libertação de Nelson Mandela, o Congresso Nacional Africano (ANC, no poder), procuram expandir a sua influência económica nos países em desenvolvimento face às políticas dos EUA e da União Europeia (UE).
A cimeira dos BRICS também deverá debater a "desdolarização" entre os seus países membros optando pelas respectivas moedas nacionais, a exemplo da política em curso que a Índia pretende potencializar com a rupia indiana, ou possivelmente através de uma "moeda única" como defende Luiz Inácio Lula da Silva.
O bloco representa mais de 42% da população mundial e 30% do território do planeta, além de 23% do produto interno bruto (PIB) e 18% do comércio global.