Pretória (Da Correspondente) - A Africa do Sul e a Arábia Saudita estão a encetar esforços para aumentar o comércio e investimento, através de maiores laços políticos e culturais, com vista ao reforço da base económica primária da cooperação entre si, soube a Angop.
Para o efeito, a ministra sul-africana das Relações Internacionais e Cooperação, Naledi Pandor, recebeu esta segunda-feira, em Pretória, o seu homólogo da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, com quem manteve consultas políticas.
De acordo com uma nota o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação (DIRCO), as relações entre os dois países foram estabelecidas em 1995 e estão cada vez mais fortalecidas, graças a encontros regulares de alto nível.
A nota diz também que actualmente as relações bilaterais são administradas por meio de uma Comissão Económica Conjunta (JEC), co-presidida pelos respectivos ministros do Comércio, mas os dois países pretendem separar as questões políticas e sociais e lançar uma Consulta Política Bilateral (BPC).
As relações com a Arábia Saudita estão igualmente centradas na cooperação e nas crescentes ligações económicas entre os dois países, particularmente em segurança e energia (para a África do Sul) e segurança alimentar (para a Arábia Saudita) e desenvolvimento de recursos minerais, diz a nota.
O documento sublinha que a amizade entre a África do Sul e a Arábia Saudita é um exemplo de relações baseadas no interesse, confiança e respeito mútuos.
Questões globais e regionais, o actual mandato da África do Sul do Conselho de Segurança da ONU e da União Africana, bem como a resposta do país à pandemia da Covid-19, fazem parte da agenda do encontro entre Naledi Pandor e Faisal bin Farhan.
Esta visita de trabalho do ministro saudita das Relações Exteriores antecede a próxima deslocação oficial do Chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramphosa, a Arábia Saudita, agendada para o próximo ano.
A importância estratégica do país árabe para a África do Sul foi igualmente demonstrada pelas visitas dos ex-presidentes Nelson Mandela, Thabo Mbeki, Jacob Zuma e mais recentemente de Cyril Ramaphosa, àquele Reino.