Pretória (Da correspondente) - O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse existirem evidências claras de um ressurgimento de casos de Coronavírus em algumas regiões do país.
Ramaphosa falava à nação na noite de quinta-feira sobre a resposta do seu governo a Covid-19, adiantando que se os sinais de ressurgimento de casos de Coronavírus em algumas regiões não forem enfrentados de forma directa e decisiva, poderão causar enorme sofrimento e morte.
Na ocasião, o Presidente sul-africano citou três áreas responsáveis pela maioria dessas contaminações, nomeadamente Nelson Mandela Bay e o distrito de Sarah Baartman, na província do Cabo Oriental, que observa uma cerca sanitária e recolher obrigatório a partir de quinta-feira, das 22:00 às 04:00.
O distrito denominado Garden Route, frequentado por milhares de turistas, na vizinha província do Cabo Ocidental, é outro ponto do ressurgimento da Covid-19, disse.
Nessas localidades, lamentou o Presidente Ramaphosa, o aumento já é comparável aos registos dos meses de Junho e Julho deste ano, quando o país atingiu o pico da primeira vaga de infecções.
As razões para o elevar destas dados são preocupantes e estão relacionadas com a aproximação da quadra festiva, altura em que muitas pessoas viajam para outras províncias para reencontro familiar, turismo, actos sociais, culturais e religiosos, que se realizam sempre com um aglomerado de pessoas.
“Se pensarmos nessa pandemia como um incêndio florestal, notaremos que precisamos de extinguir rapidamente os surtos, antes que se torne impossível. Ao mesmo tempo, precisamos de envidar esforços para manter a nossa economia aberta e levar adiante os nossos objectivos de reconstrução e recuperação”, rematou.
O Presidente apelou à tomada de medidas adicionais nas áreas identificadas como pontos críticos do ressurgimento do Coronavírus, em linha com a abordagem diferenciada para a gestão da pandemia.