África do Sul: Será difícil "quantificar impacto da corrupção" no Estado, diz Ramaphosa

     África           
  • Luanda     Quinta, 12 Agosto De 2021    20h45  
Prsidente Sul africano Cyril Ramaphosa, durante a sua intervenção por vídeo conferência na 13 ª Cimeira Sessão Extraordinária da Assembleia - Geral da União Africana (UA)
Prsidente Sul africano Cyril Ramaphosa, durante a sua intervenção por vídeo conferência na 13 ª Cimeira Sessão Extraordinária da Assembleia - Geral da União Africana (UA)
Cortesia da Orion

Pretória - O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, considerou hoje, quinta-feira, que será difícil para a África do Sul quantificar o impacto da captura do Estado pela corrupção fomentada pelo partido no poder desde 1994, na economia e na reputação internacional do país.

"É difícil quantificar o impacto da captura do Estado na confiança dos empresários e consumidores, e na perda de investimento. Da mesma forma, não podemos quantificar o impacto da captura do Estado na posição e imagem do país internacionalmente", afirmou Ramaphosa.

O Presidente sul-africano admitiu que se poderia "quantificar em termos de camas hospitalares, comboios urbanos, habitação, concessões sociais, água, manutenção de estradas e uma série de outros bens e serviços públicos que a captura do Estado roubou" ao povo.

"Mas o que é mais difícil de medir é o custo mais amplo para a economia e a nossa sociedade", acrescentou o chefe de Estado na declaração de encerramento perante a comissão judicial que investiga alegações de captura do Estado, corrupção e fraude no sector público, incluindo órgãos do Estado.

"Talvez o custo mais devastador e duradouro da captura do Estado e da corrupção seja o seu impacto sobre a confiança do povo da África do Sul nos líderes e funcionários em quem depositaram grande confiança e responsabilidade", frisou.

Ramaphosa considerou que a captura do Estado pela grande corrupção na África do Sul "prejudicou a confiança das pessoas no Estado de direito, nas instituições públicas, nas agências de aplicação da lei e, até certo ponto, no processo democrático".

O chefe de Estado referiu que a captura do Estado originou a saída do serviço público de pessoas "altamente qualificadas e experientes", salientando que "é provável que também tenha desencorajado muitos jovens talentos de ingressarem no Governo, o que tem implicações significativas para o serviço público no futuro".

"Devemos profissionalizar o serviço público e devemos atrair pessoas qualificadas de volta ao serviço público", salientou.

Cyril Ramaphosa, que é também presidente do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), partido no poder na África do Sul desde 1994, considerou ainda que o trabalho de investigação da comissão judicial 'Zondo' ajudará "a romper de forma clara e decisiva com as práticas de corrupção que tanto custaram" ao país.

"A experiência também mostrou que dentro das nossas entidades estatais, dentro do serviço público, dentro do parlamento, legislaturas e conselhos existem mulheres e homens íntegros e capazes - pessoas que resistiram à pressão para participarem em actos ilícitos ou serem seus cúmplices voluntários", sublinhou.

"É a honestidade e a decência dessas pessoas - e na verdade dos sul-africanos em toda a sociedade - que nos permitirá reconstruir e recuperar", declarou Ramaphosa.

O Presidente sul-africano reconheceu: "Como país, estamos a sair de um período difícil".

O ex-presidente Jacob Zuma, que cumpre uma pena de prisão de 15 meses desde 08 de Julho, liderou o país entre 2009 e 2018, tendo sido afastado pelo seu partido, o ANC, antes de terminar o mandato depois de múltiplos escândalos relacionados com corrupção, desde quando era vice-presidente da República.

O ex-chefe de Estado foi substituído no cargo por Cyril Ramaphosa, que era vice-presidente de Zuma.





Fotos em destaque

Três pessoas morrem carbonizadas na EN-100

Três pessoas morrem carbonizadas na EN-100

Domingo, 24 Março De 2024   17h22

Circulação rodoviária entre Cuanza-Sul e Benguela condicionada

Circulação rodoviária entre Cuanza-Sul e Benguela condicionada

Domingo, 24 Março De 2024   17h17

Mulheres pedem políticas mais equilibradas nas empresas mineiras

Mulheres pedem políticas mais equilibradas nas empresas mineiras

Domingo, 24 Março De 2024   17h12

Durante visita a China, Presidente João Lourenço convida Xi Jinping a visitar Angola

Durante visita a China, Presidente João Lourenço convida Xi Jinping a visitar Angola

Domingo, 24 Março De 2024   17h04

Angola revalida título em andebol nos Jogos Africanos

Angola revalida título em andebol nos Jogos Africanos

Domingo, 24 Março De 2024   16h52

Mais de três mil famílias na massificação da produção de trigo no Bié

Mais de três mil famílias na massificação da produção de trigo no Bié

Quinta, 14 Março De 2024   22h43

Administração da Ganda (Benguela) entrega gado aos criadores afectados por descarga eléctrica

Administração da Ganda (Benguela) entrega gado aos criadores afectados por descarga eléctrica

Quinta, 14 Março De 2024   22h35

INAC denuncia exploração de crianças em pedreiras do Lubango

INAC denuncia exploração de crianças em pedreiras do Lubango

Quinta, 14 Março De 2024   21h55

Novas vias desafogam tráfego no Zango (Luanda)

Novas vias desafogam tráfego no Zango (Luanda)

Quinta, 14 Março De 2024   21h48

Aumento de crimes provoca superlotação na cadeia de Cacanda na Lunda-Norte

Aumento de crimes provoca superlotação na cadeia de Cacanda na Lunda-Norte

Quinta, 14 Março De 2024   21h43


+