África longe de cumprir compromissos do programa agrícola, diz comissária

     África           
  • Luanda     Sábado, 09 Março De 2024    13h02  
Comissária da UA Economia Rural e Agricultura, Josefa Sacko
Comissária da UA Economia Rural e Agricultura, Josefa Sacko
Pedro Parente - Angop

Luanda - Nenhum país africano está no bom caminho para cumprir com  todos os sete compromissos  do Programa Abrangente de Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP), declarou esta sexta-feira, em Adis Abeba, a comissária da União Africana (UA), Josefa Correia Sacko.

Segundo uma nota chegada à ANGOP, em Luanda, a diplomata falava no  lançamento oficial do 4º relatório de revisão bienal do CAADP (sigla em inglês)  e da agenda pós-Malabo.

O processo de revisão tem em perspectiva dar um novo impulso, revigorar e consolidar os ganhos  já alcançados, bem como sobre as tendências e os dinamismos emergentes.

Josefa Sacko alertou, na ocasião, que, a apenas um ano da conclusão do período da “Declaração de Malabo”, é urgente que os Estados-membros acelerem a implementação do CAADP.

A execução desse programa, clarificou, passa nomeadamente pela disponibilização do financiamento necessário para alcançar as aspirações de criar um sistema alimentar africano robusto.

Recordou que a Declaração de Malabo do CAADP chegará ao seu final,  em 2025, e que “ainda não atingimos os objectivos definidos” no documento.

Em virtude desse “mau desempenho”, disse,  verificou-se os  efeitos combinados de choques que se sobrepuseram, e que  afectaram o sector agrícola, no contexto  da pandemia da Covid-19 e do conflito Rússia-Ucrânia.

Mencionou igualmente as perturbações na cadeia de abastecimento e os conflitos no continente, bem como os impactos das alterações climáticas

“No entanto, é gratificante constatar que foram envidados esforços consideráveis para garantir a qualidade dos dados, fazer com que sejam utilizados dados de qualidade para avaliar o desempenho dos países   com base nas lições aprendidas até à data”, frisou a comissária da UA.

Na sua visão da  agenda pós-Malabo,  a comissária considerou  que esta deve ser sólida e baseada em factos essenciais para acelerar a transformação da agricultura no continente face às alterações climáticas e efeitos sanitários, políticos e económicos.

Nesta perspectiva, alertou  que a  agenda pós-Malabo deve manter os princípios fundamentais do CAADP de apropriação e liderança africana, responsabilidade e transparência, inclusão  e assumir uma abordagem de sistemas alimentares, adaptando-se continuamente a contextos  em mudança.

“Devemos  aproveitar as  oportunidades  de enfrentar os  desafios para garantir meios de subsistência sustentáveis e resilientes, bem como dietas saudáveis, seguras, nutritivas e acessíveis”, lembrou a diplomata angolana junto da UA.

Descreveu o processo  de revisão bienal do programa agrícola do continente como uma iniciativa da Agenda 2063 da UA que oferece um quadro para os Estados-membros eliminarem a fome e reduzir a pobreza, aumentando o crescimento económico através do desenvolvimento agrícola.

O relatório de revisão bienal tornou-se num poderoso instrumento  para a advocacia a nível continental, regional e nacional, para desencadear as acções políticas necessárias para a transformação da agricultura em África, ressaltou.

De acordo com Sacko, apenas 49 países apresentaram relatórios neste ciclo, contra 51 na terceira revisão bienal, destacando-se o desempenho dos países em relação aos 46 indicadores para acompanhar os progressos feitos no sentido de uma agricultura totalmente transformada nos sete compromissos de Malabo.

Este  quarto relatório bienal  foi apresentado ao  comité técnico especializado da UA sobre agricultura, desenvolvimento rural, água e ambiente, em Novembro de 2023, e  aos chefes de Estado e de Governo  durante a sua cimeira em Fevereiro do corrente ano. IZ





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