Apenas oito em cada 100 moçambicanos frequenta ensino superior, diz Nyusi

     África           
  • Luanda     Quarta, 24 Janeiro De 2024    14h07  
Líder da FRELIMO, Filipe Nyusi
Líder da FRELIMO, Filipe Nyusi
Pedro Parente

Maputo - Apenas oito em cada 100 moçambicanos frequentam o ensino superior em Moçambique, disse hoje o Presidente da República, Filipe Nyusi, referindo a necessidade de melhorar a taxa bruta de escolaridade, que é inferior à média da África austral.

"A população do ensino superior corresponde actualmente a uma taxa bruta de escolaridade de cerca de 8,19%, o que significa que a cada 100 moçambicanos com idade para estar no ensino superior apenas oito deles estão nesse subsistema", disse Filipe Nyusi, durante a inauguração do edifício da faculdade de ciências e do departamento de geologia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga instituição de ensino superior do país.

Segundo o chefe de Estado, a taxa bruta de escolaridade moçambicana é inferior à média da África Austral, que é de 10%, igualmente da América Latina, 52%, e da Europa, que é de 70%, factor que, para Filipe Nyusi, demonstra que a política adoptada pelo país de alargar a oferta "é acertada".

Nyusi manifestou também preocupação sobre a distribuição desproporcional da população estudantil por regiões e províncias do país e também do desequilíbrio da mesma população nos cursos de frequência, havendo 73,4% de estudantes nos cursos de ciências sociais, letras e humanas e apenas 26,6% nos cursos de ciências tecnológicas, engenharias e matemáticas.

"Apesar desse desequilíbrio, nos últimos anos estamos a registar um progresso significativo e equidade de género (...) quanto ao acesso ao ensino superior, havendo reduções significativas da discrepância da população estudantil por regiões", referiu o estadista moçambicano.

Filipe Nyusi apontou, entre outras, como ambições para o ensino superior em Moçambique, a melhoria da taxa bruta de escolaridade no ensino superior, através da redução de "disparidades geográficas e de género", o aumento da qualidade do corpo docente nas universidades do país, o equilíbrio na oferta dos cursos e a necessidade de "alinhar a qualidade dos graduados com a exigência do mercado de trabalho".

O Presidente de Moçambique quer ainda que a UEM se torne numa "autêntica universidade de investigação", pedindo também que se explorem as áreas "rentáveis e comerciáveis" reconhecendo, entretanto, os altos custos do processo.

"Nós temos a consciência de que a investigação custa muito caro, precisa de investimento, tirar dinheiro, mas temos de ter essa visão e criar essas oportunidades", concluiu Filipe Nyusi. JM





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