Cotonou - O Benim, tal como os países vizinhos da África Ocidental, está ameaçado pela propagação da violência terrorista no Sahel aos estados costeiros, tendo sofrido "quase vinte ataques de grupos armados", segundo o Governo.
Esta é a primeira vez que o Governo daquele país africano faz uma avaliação global dos ataques terroristas, que começaram oficialmente no final de 2021, mesmo que não usando o termo terrorismo em nenhum momento no texto que publicou na quinta-feira no seu 'site' oficial.
"Já são quase 20 os ataques de grupos armados contra o Benim e o exército já enterrou 12 dos seus militares", escreve o executivo, num relatório publicado após uma cerimónia, organizada em Cotonou, de homenagem a cinco militares mortos em Abril durante um desses ataques.
Segundo o vice-Presidente citado no relatório, "não há mais dúvidas que o Benim está em guerra contra o terrorismo"-
O primeiro ataque mortal conhecido no norte do Benim remonta a Dezembro de 2021, quando dois militares foram mortos numa localidade perto da fronteira com o Burkina Faso, onde operam grupos terroristas.
O Governo anunciou então que reforçaria a presença militar no norte do país para proteger as suas fronteiras.
Mali, Burkina-Faso e Níger estão a lutar contra as insurgências dos terroristas, e os estados vizinhos, como Benim, Ghana, Togo e Costa do Marfim, estão preocupados com a possibilidade de os ataques se estenderem aos seus territórios.
Uma série recente de incursões na fronteira com esses países ao sul do Sahel confirmam os receios de que grupos terroristas da região estejam a tentar avançar em direcção à costa.
No início de Maio, um ataque foi realizado no norte do Togo, no qual oito militares morreram e 15 dos rebeldes foram mortos, segundo o Governo daquele país. Este foi o primeiro ataque terrorista mortal no Togo, afirmou o executivo na altura.