Cabo Delgado está em situação de "emergência"

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  • Luanda     Quinta, 13 Maio De 2021    18h22  
Mapa De Moçambique
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Maputo - A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, enfrenta uma situação de emergência face à crise humanitária provocada pela violência armada, disse hoje o governador da região, Valige Tauabo.


"A nossa província está iminentemente em emergência. Não são apenas alguns distritos, é a província toda que está em emergência", afirmou Tauabo, durante a celebração da festa de final do Ramadão em Pemba, capital provincial.

O governador celebrou a efeméride junto de deslocados do distrito de Palma, que fugiram após o ataque de grupos armados em 24 de março e que estão abrigados no pavilhão desportivo da zona de expansão da capital - espaço que na segunda-feira acolhia 324 pessoas, metade das quais crianças.

"Não são deslocados para serem esquecidos, são deslocados até que a situação nos seus distritos esteja estabilizada. Enquanto estiverem aqui ou noutro ponto da província, estão em Moçambique, são moçambicanos", referiu, num apelo à solidariedade para com a população atingida.

Valige Tauabo repetiu ainda um apelo feito repetidamente pelas autoridades, dirigido aos mais novos: "Vamos desencorajar os jovens desatentos que estão a ser desviados", recrutados pelos grupos rebeldes, de origem ainda desconhecida, que têm atacado a região.

A violência armada foi ainda abordada pelo xeque Abdulcarimo Fadile, líder islâmico na cerimónia, condenando os ataques perpetrados por insurgentes.

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes segundo o projeto de registo de conflitos ACLED e 714.000 deslocados de acordo com o Governo moçambicano.

Um ataque a Palma, junto ao projeto de gás em construção, em 24 de março provocou dezenas de mortos e feridos, sem balanço oficial anunciado.

As autoridades moçambicanas anunciaram controlar a vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar o recinto do empreendimento que tinha início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.





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