Comores/Eleições: Oposição quer anulação das presidenciais de domingo

     África           
  • Luanda     Quarta, 17 Janeiro De 2024    15h30  

Moroni - A oposição política das Comores pediu hoje a anulação das eleições presidenciais e denunciou "fraudes grosseiras", um dia depois de ter sido anunciado que o actual Presidente, Azali Assoumani, ganhou à primeira volta.

Cerca de 340 mil eleitores do arquipélago do Oceano Índico, localizado no extremo norte do canal de Moçambique, foram chamados às urnas no domingo para eleger o seu Presidente e os governadores das três ilhas que compõem o país (Grande Comore, Anjouan e Moéli).

As eleições presidenciais registaram uma taxa de participação baixa de 16,30%, segundo a comissão eleitoral (CENI), o que contrasta com uma estimativa inicial publicada no domingo à noite de mais de 60%.

"As eleições de domingo, 14 de Janeiro de 2024, não são válidas. Denunciamo-las e pedimos a sua anulação total", declararam os cinco candidatos opositores de Azali, numa declaração conjunta.

Na sua opinião, os números oficiais de participação mostram que cerca de 2/3 dos eleitores votaram para eleger os seus governadores, mas não para escolher o seu Presidente, o que "compromete seriamente a veracidade das várias proclamações de resultados".

De acordo com os números oficiais, 189.497 eleitores votaram para os governadores, mas apenas 55.258 para o Presidente.

Esta diferença na afluência às urnas é impossível, segundo a oposição, e "está assim provada uma fraude grosseira".

No domingo, a oposição também afirmou ter observado numerosas irregularidades durante a votação, incluindo "enchimento de urnas".

De acordo com vários candidatos da oposição, "os soldados interromperam a votação" confiscando urnas em várias localidades potencialmente favoráveis aos rivais de Azali.

De acordo com os resultados provisórios, Azali Assoumani, antigo líder do golpe militar, obteve 62,97% dos votos. Isto significa que poderá candidatar-se a um terceiro mandato consecutivo, o que o manterá no poder até 2029.

Os resultados provisórios das eleições de domingo ainda têm de ser validados pelo Supremo Tribunal deste país de 870 mil habitantes, dos quais 45% dos quais vivem abaixo do limiar da pobreza.

Devido a estes resultados, as ruas da capital, Moroni, estiveram hoje sob tensão e a polícia e militares foram destacados devido aos desacatos.

Os habitantes montaram bloqueios improvisados com pedaços de betume, pneus e electrodomésticos, segundo a agência France-Presse (AFP).

A polícia utilizou gás lacrimogéneo, o que levou a população a abandonar as ruas. JM





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