Genebra - A directora da Organização Mundial de Saúde para África disse hoje, quinta-feira, que o continente teve "a pior semana desde o início da pandemia", com uma subida de 20% dos casos, e avisou que a situação vai piorar.
Em conferência de imprensa realizada hoje em formato virtual, Matshidiso Moeti alertou que nos últimos sete dias até 4 de Julho, o número de casos no continente africano subiu 20% e considerou que, devido à disseminação da variante Delta, a situação deve piorar, havendo 16 países em que o vírus está a ganhar terreno.
"Tivemos 251 mil novos casos, um aumento de 20% face à semana anteiror e 12% face ao pico de Janeiro", disse Moeti, vincando que "os novos casos aumentaram pela sétima semana consecutiva e estão a duplicar-se a cada 18 dias".
Apesar de esta variante estar a espalhar-se pelo continente e já ser dominante em várias regiões africanas, ainda assim, ressalvou, "há sinais de esperança" devido à distribuição de vacinas, que está a melhorar no continente.
"Depois de parar em Junho, a distribuição de vacinas aumentou 1,6 milhões de doses foram entregues através da covax", apontou a reponsável.
África regista 147.920 mortos devido à covid-19, totalizando 5.735.199 casos desde o início da pandemia, segundo dados divulgados na terça-feira pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
Segundo a organização regional, África soma também 4.989.827 recuperações desde o primeiro caso registado no continente, no Egipto, em 14 de Fevereiro de 2020.
A África Austral continua a ser a região mais afectada do continente, com 2.678.634 casos e 74.081 óbitos associados à covid-19. Nesta região, encontra-se o país mais atingido pela pandemia, a África do Sul, que contabiliza 2.090.909 casos e 62.628 mortes.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egipto, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsahariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.
A pandemia da covid-19 causou pelo menos 4.004.996 mortos no mundo desde que a doença foi identificada em Dezembro de 2019 na China, segundo um balanço da agência France Presse até às 10:00 TMG locais de hoje (quinta-feira).