Pretória - Os seres humanos, enquanto portadores do motor do pensamento, têm a obrigação moral de exibir todo o potencial ao seu alcance, para evitar trágicos acontecimentos - precaução. Um pouco mais difícil tem sido o seu contorno, quando tais factos são causados pela ira da Mãe Natureza.
Por: Raquel Betlehem/Correspondente da Angop
As faculdades de ouvir, aceitar e agir em conformidade, são os antídotos que nos protegem do pior. Sempre foi, é e deverá permanecer assim, se nos quisermos livrar, entre outros males, desta devastadora pandemia da Covid-19 que, por onde passa, não só levanta poeira, como leva consigo almas na bagagem.
Prevenir - diz o ditado, sempre foi melhor que remediar! Só assim poderemos honrar a memória de todos quantos partiram prematuramente para a eternidade, por conta da pandemia do novo Coronavírus.
A África do Sul totalizou neste sábado (5), 21 mil e 963 óbitos devido à Covid-19, após ter somado 160 vítimas mortais em 24 horas, o número mais alto das últimas semanas. Estas mortes foram registadas nas províncias do Cabo Oriental (69), Cabo Ocidental (31), Estado Livre (26), Cabo Setentrional (12), Kwazulu-Natal (10) e Limpopo com seis falecidos.
“Expressamos os mais profundos sentimentos de pesar às famílias de todos aqueles que partiram deste mundo, ao mesmo tempo que reiteramos os nossos agradecimentos aos profissionais do sector de saúde que não medem esforços quando o assunto é salvar vidas”, palavras do ministro da Saúde, Zweli Mkhize, desde o início do surto contagioso (Março de 2020), que diariamente tem ceifado vidas.
Ao nível global nacional, as províncias que mais mortes tiveram (em escala descendente) são: Gauteng – sede do Executivo sul-africano – com um registo de (5.032) óbitos, Cabo Oriental (4.789), Cabo Ocidental( 4.760), Kwazulu- Natal ( 3.382), Estado Livre (1.983), Mpumalanga (614), Noroeste (566), Limpopo (512) e Cabo Setentrional (325) mortos.
As infecções voltam a experimentar números altíssimos, com quatro mil e 932 novos contágios desde o último balanço de sexta-feira, num total de 805 mil e 804 pessoas diagnosticadas com o novo Coronavírus, enquanto que as recuperações atingem as 740 mil e 450 pessoas.
O cumulativo de testes até aqui realizado é de (cinco milhões 534 mil e 084), dos quais (33 mil e 415) desde o último relatório. Destes números (três milhões 190 mil e 307) exames foram elaborados pelo sector privado de saúde (58%), ao passo que (dois milhões 343 mil e 777) testes (42%) são da responsabilidade das instituições públicas.
A República da África do Sul tem uma superfície de um milhão 219 mil e 602 km2, situando-se na região austral do continente africano, com uma população e 58 milhões 955 mil habitantes (meados de 2019). É o pais o mais infectado pela Pandemia do novo Coronavírus, sendo igualmente um dos mais atingidos no mundo (hoje em 14º lugar – após ter estado em 5º nos meses mais críticos do surto (Junho a Agosto de 2020).
No seu último discurso à nação e notando o ressurgimento, o Presidente Ramaphosa referiu que com a chegada da quadra festiva (que neste 2020 não terá a exuberância habitual), o Estado Nacional de Desastre é prorrogado até 15 de Janeiro de 2021.
"Teremos que repetir vezes sem conta”, disse Ramaphosa, que “a Covid-19 mata e as nossas melhores armas de momento (até a altura em que as vacinas estiverem disponíveis), continuam a ser: o uso permanente da máscara em locais públicos, o distanciamento social, a lavagem constante das mãos, a não realização de actos que agrupem um número de pessoas superior ao recomendado pelas instituições de saúde, deslocações só em caso de extrema necessidade e manter em mente o espírito de sacrifício hoje, para podermos viver melhor amanhã.
