Etiópia nega ter atacado Sudão e culpa rebeldes

     África           
  • Luanda     Segunda, 29 Novembro De 2021    17h58  
Bandeira da Etiópia
Bandeira da Etiópia
Divulgação

Addis Abeba - O Governo etíope negou ter realizado um ataque no fim de semana em uma região de fronteira disputada com o Sudão e culpou os rebeldes da região do Tigray, contra os quais as autoridades lutam há mais de um ano.

Na noite de sábado, o exército sudanês anunciou a morte de "vários" dos seus soldados na região de Al-Fashaga - uma zona de terras férteis que é objecto de um conflito entre a Etiópia e o Sudão -, após o suposto ataque por grupos armados e milícias ligadas ao exército etíope.

Mas o porta-voz do Governo etíope, Legesse Tulu, disse que essas acusações "são infundadas".

Legesse citou a Frente de Libertação do Povo do Tigray (TPLF), contra a qual está em conflito desde Novembro de 2020 e que ameaça entrar na capital, Addis Abeba.

"Um grande número de insurgentes, bandidos e terroristas entrou (a partir do Sudão)", disse o porta-voz à rede de televisão oficial Ethiopian Broadcasting Corporation (EBC), afirmando que a TPLF treina no Sudão e recebe apoio de "patrocinadores estrangeiros", sem fornecer mais detalhes.

Agricultores etíopes se estabeleceram na área de Al-Fashaga há décadas e as tropas sudanesas estão presentes nesta região desde o início do conflito do Tigray, a fim de "reconquistar esses territórios roubados".

Legesse garantiu que a Etiópia deseja resolver este conflito de forma pacífica e que o seu exército "não pretende realizar um ataque contra nenhum país soberano".

O conflito na Etiópia estourou depois que o primeiro-ministro, Abiy Ahmed, enviou tropas para Tigray em resposta, segundo ele, aos ataques da TPLF a acampamentos do exército.

Na época, Ahmed declarou que seria uma acção rápida contra a TPLF, partido que governou a Etiópia por três décadas. Mas desde Junho os rebeldes retomaram o Tigray, estendendo os combates para as regiões vizinhas de Amhara e Afar.

Na semana passada, a TPLF declarou controlar uma cidade a 200 km da capital.

Os recentes acontecimentos na guerra na Etiópia, com as tropas rebeldes ameaçando a capital, preocupam a comunidade internacional, que deseja alcançar um cessar-fogo.

Segundo o Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU, mais de 9 milhões de pessoas precisam actualmente de ajuda alimentar na zona norte da Etiópia.

A desnutrição também aumenta e afeta (segundo dados do PAM) entre 16% e 28% das crianças. Em Amhara e Tigray, 50% das mulheres grávidas e lactantes estão desnutridas.





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