Greenpeace alerta UA para perigo de abate de árvores na floresta do Congo

     África           
  • Luanda     Sábado, 23 Outubro De 2021    12h52  
Bandeira da União Africana
Bandeira da União Africana
Divulgação

Londres- A organização não-governamental (ONG) Greepeace alertou sexta-feira a União Africana para o perigo do abate industrial de árvores na República Democrática do Congo (RDCongo), que pode "perturbar gravemente os padrões de precipitação em toda a África subsahariana".

Numa carta enviada à União Africana (UA), a ONG, sediada nos Países Baixos, pede "um diálogo urgente sobre as consequências que os planos feitos em Kinshasa para levantar a moratória sobre a exploração madeireira podem ter para os povos congolês e africano".

A directora do programa da Greenpeace para África, Melita Steele, refere que a renovada exploração madeireira industrial representa um risco "para os povos indígenas, comunidades locais, bem como para toda a África Subsaariana".

A ONG sublinha que o clima africano está "inerentemente ligado ao estado das florestas da África Central", pelo que o abate em larga escala "pode impactar a quantidade de chuvas por toda a região".

A Greenpeace sustenta que as florestas na bacia do rio Congo são responsáveis por mais de metade da precipitação anual na África subsahariana, uma região que tem sido, nos últimos anos, atingida por um elevado número de secas e vagas de calor.

A ONG recorda que, em Julho, o Governo congolês aprovou o levantamento da moratória ao abate de árvores, e que o decreto de implementação deverá ser publicado dentro de pouco tempo.

"Decidir se protege ou destrói a floresta tropical pode responder à soberania da RDCongo, mas as consequências das suas acções serão sentidas em todo o lado, desde Nairobi até a Dakar e desde Pretoria a Abuja", acrescentou Steele, na carta enviada à comissária africana para Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, a angolana Josefa Sacko.

A Greenpeace lamenta ainda que o levantamento da moratória perturbe compromissos da UA, como a Agenda 2063, o Quadro de Gestão Florestal Sustentável ou a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP 26).

A floresta do Congo estende-se por territórios da RDCongo, República do Congo, Gabão, Guiné Equatorial, Camarões e República Centro-Africana (RCA), contando com uma área de 1,8 milhões de quilómetros quadrados que abrigam mais de 10.000 espécies de plantas, mil espécies de aves e 400 espécies de mamíferos.

 





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