Libertados opositores no Senegal a 10 dias das eleições presidenciais

     África           
  • Luanda     Sexta, 15 Março De 2024    07h59  
Mapa do Senegal
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Dakar – O líder da oposição do Senegal, Ousmane Sonko, e o candidato presidencial Bassirou Diomaye Faye foram libertados esta quinta-feira da prisão, no âmbito de uma lei de amnistia para os detidos por actos políticos.

El Malick Ndiaye, porta-voz do Patriotas do Senegal, partido dissolvido pelas autoridades no ano passado, disse na rede social X que ambos os dirigentes tinham saído da prisão de Cap Manuel, na capital, Dacar.

Automóveis e pessoas a agitar bandeiras senegalesas encheram a estrada de acesso à prisão, cantando "Nós amamos Sonko", de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).

Uma multidão reuniu-se também perto da casa de Sonko, de 49 anos, noutro bairro da capital, a poucos quilómetros de distância.

Duas horas depois, Bassirou Diomaye Faye agradeceu "o apoio e a solidariedade" e anunciou a realização de uma conferência de imprensa esta sexta-feira.

Sonko estava detido desde Julho, acusado de "apelos à insurreição e conspiração" contra o Estado, algo que o obrigou a retirar-se da campanha presidencial, tendo Diomaye Faye sido apresentado como o "plano B" e aceite.

Isto apesar de Diomaye Faye estar detido desde Abril de 2023, acusado de desacato ao tribunal, difamação e actos susceptíveis de comprometer a paz pública, após ter criticado os juízes que condenaram Sonko.

Eleições adiadas e decisão contestada

O presidente do Senegal, Macky Sall, promulgou em 6 de Março a lei de amnistia aos detidos por actos políticos ocorridos desde 2021 e 2024, no meio de uma crise política.

Os senegaleses deveriam ter ido às urnas em 25 de Fevereiro, mas em 3 de Fevereiro, mesmo antes do início da campanha, Macky Sall adiou a votação por 10 meses.

A decisão originou manifestações que fizeram quatro mortos e um confronto entre o chefe de Estado, a Assembleia Nacional e o Conselho Constitucional.

Macky Sall acabou por recuar e marcar as eleições para 24 de Março.

A batalha das últimas semanas pôs à prova o apego do país à democracia, que tem sido fustigada por uma sucessão de golpes de Estado noutros pontos da região. JM





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