Mau tempo deixa 55 mil famílias e empresas em Moçambique sem electricidade

     África           
  • Luanda     Segunda, 11 Março De 2024    19h42  

Maputo - Cerca de 55 mil famílias, instituições e empresas de Cabo Delgado e Nampula, norte de Moçambique, estão sem energia eléctrica devido à queda de dezenas de postes da rede de transporte, provocada pela chuva e ventos fortes.

Em comunicado divulgado hoje, a empresa Electricidade de Moçambique (EDM) explica que "a chuva e os ventos fortes que se fazem sentir na região norte" do país "estão a criar danos no sistema eléctrico, com registo de situações de queda de postes, rompimento de cabos eléctricos, interrupção no fornecimento de energia eléctrica".

A mesma informação refere que neste momento, na província de Cabo Delgado, 4.256 clientes dos postos administrativos de Namapa, Ocua e Alua "estão desprovidos de corrente eléctrica, devido à queda de 39 postes na zona de Nacivare", no distrito de Chiúre.

Já na província de Nampula há registo de queda de duas torres de média tensão, na zona do cemitério Velho Faina, deixando sem energia 50.600 clientes dos distritos de Ribauè, Murrupula e Mecuburi, e no Bairro Marere.

De acordo com a fonte, as equipas técnicas da EDM estão no terreno em prontidão, e intervêm na rede para uma reposição gradual do sistema.

Entretanto, as condições “atmosféricas e a inacessibilidade de alguns locais têm sido grandes obstáculos, que influenciam a demora nos trabalhos de reposição do sistema eléctrico”, explica a empresa.

Noutra região do país, os serviços meteorológicos moçambicanos alertaram hoje que a formação de uma tempestade tropical severa, prevendo que atinja centro e sul do país com rajadas até 120 quilómetros por hora (km/h) e chuvas muito fortes.

"Segundo as projecções actuais, o sistema vai continuar a evoluir e atingir o estágio de tempestade tropical severa condicionando o estado do tempo com chuvas muito fortes, vento máximo de 85 km/h e rajadas até 120 km/h (...) nas próximas 48 horas", de acordo com um comunicado do Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) moçambicano.

O aviso vermelho em vigor, decretado no domingo, aplica-se agora às províncias de Inhambane (sul) e Sofala e Zambézia (centro).

No caso de Sofala, nos distritos de Machanga, Chibabava e Buzi, a previsão aponta para a queda de chuva equivalente a 200 mm/24h, trovoadas, ventos fortes e rajadas até 120 km/h.

De acordo com o Inam na previsão para as próximas horas, antes da passagem ao estado de tempestade tropical severa, indica que a perturbação tropical pode evoluir de forma a se verificar aproximação à costa do país pelas províncias de Sofala e Inhambane.

"Face à ocorrência de ventos fontes, trovoadas e chuvas muito fontes, recomenda-se a tomada de medidas de precaução e segurança", alertou.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.

Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afectaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.

No final de Setembro, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou para a preparação da população e das entidades para os previsíveis efeitos do fenómeno 'El Niño' no país nos meses seguintes, com previsões de chuvas acima do normal e focos de seca.

O serviços meteorológicos moçambicanos alertam para não se repetir a história passada de 2018/2019, é necessário se criar condições de resiliência no sentido do Governo emitir avisos regulares para manter a população informada e preparada para as situações climáticas que podem não ser favoráveis à vida, à produção ou às infra-estruturas. AM





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