Lilongué - Os ministros dos Transportes e do Governo Local do Malawi, Sidik Mia e Lingson Belekanyama, respectivamente, morreram esta terça-feira vítimas de covid-19, anunciou a Presidência deste país africano.
"O Presidente Lazarus Chakwera está profundamente entristecido com a morte de dois membros superiores do Governo terça-feira, 12,", lê-se numa declaração citada pela agência de notícias francesa AFP.
Sidik Mia, 56 anos, ministro dos Transportes e vice-presidente do Partido do Congresso, no poder, testou positivo para o novo coronavírus na semana passada e ficou confinado à sua casa, apresentando apenas sintomas ligeiros, mas acabou por falecer na manhã de terça-feira.
O ministro do Governo Local, Lingson Belekanyama, também faleceu no mesmo dia, duas semanas depois de ter registado um teste positivo.
O Malawi está a enfrentar um surto de covid-19, que a Presidência atribui à falta de cumprimento do distanciamento social e das regras gerais, nomeadamente o uso de máscara, que é recomendado, mas não obrigatório.
"Estamos a pagar o preço por muitos de nós termos desistido de usar a máscara", disse o Presidente num discurso à nação no domingo.
"E quando digo muitos de nós, incluo-me a mim próprio e ao Governo", admitiu.
O país registou oficialmente mais de nove mil casos, incluindo pelo menos 235 mortes.
África registou nas últimas 24 horas mais 718 mortes por covid-19, para um total de 73.423, e 30.845 novos casos de infecção, segundo os últimos dados oficiais da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infectados é de 3.081.881 e o de recuperados nos 55 Estados-membros da organização nas últimas 24 horas foi de 16.601 para um total de 2.483.033 desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.