Moçambique: Suspensão do projecto de gás teve impacto directo de 99 milhões

     África           
  • Luanda     Segunda, 26 Julho De 2021    11h39  
Mapa De Moçambique
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Maputo -A suspensão das obras do projecto de gás liderado pela multinacional Total após o ataque ao distrito de Palma teve um impacto negativo directo estimado em 116 milhões de dólares (99 milhões de euros), informou domingo o Presidente Filipe Nyusi.

"Asuspensão teve impacto directo de cerca de 116 milhões de dólares de volume de negócios e 3.250 trabalhadores, incluindo trabalhadores diretos da Total, ficaram com os contratos suspensos", declarou Filipe Nyusi, numa comunicação à nação sobre a violência armada terrorista em Cabo Delgado a partir da Presidência da República, em Maputo.

O ataque a Palma, junto ao projecto de gás em construção, ocorreu em 24 de Março, tendo provocado dezenas de mortos e feridos.

O distrito acolhia o projecto de exploração de gás natural liderado pela Total, o maior investimento privado em África (na ordem dos 20 mil milhões de euros), entretanto suspenso devido à insegurança na região.

Segundo Filipe Nyusi, o ataque afectou as operações de, pelo menos, 28 empresas, 17 das quais sofreram avultados danos materiais, e a suspensão das obras afetará os prazos do projecto.

"A Total suspendeu todas as actividades de implementação do projeto, dos contratos com os construtores, fornecedores de bens e serviços e de mão-de-obra. Desta medida resultará o atraso do início da exploração do gás liquefeito", declarou Filipe Nyusi, avançando ainda que foi suspenso o desembolso do primeiro financiamento do projeto.

"A violência desestabiliza as instituições e a actividade económica, reduzindo a confiança dos investidores por causa da percepção de riscos associados", acrescentou.

De acordo com chefe de Estado moçambicano, em todos os distritos afectados pela violência armada desde 2017, a atividade mineira foi totalmente paralisada e a agricultura tornou-se arriscada, o que tem impacto sobre as famílias, maioritariamente dependentes da actividade.

De acordo com o Presidente, nos distritos afectados pelos ataques desde 2017, pelo menos, 123 mil alunos foram obrigados a abandonar as aulas e diversas unidades de saúde foram destruídas.

"Neste preciso momento, os distritos de Mocímboa da Praia, Quissanga, Macomia, Muidumbe e Palma não dispõem de nenhum serviço de saúde", afirmou Filipe Nyusi, acrescentando que "o país não pode pensar lento nem pequeno para fazer face a esta situação".

Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico.

Há mais de 2.800 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED, e mais de 800 mil deslocados, de acordo avançados domingo pelo chefe de Estado.

 





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