MSF afirma que prioridade é "gestão dos cadáveres" na Líbia

     África           
  • Luanda     Quinta, 14 Setembro De 2023    19h19  

Tripoli - O chefe-adjunto dos programas dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) para a Líbia afirmou esta quinta-feira que, face à escala do desastre humanitário provocado pelas cheias em território líbio, a grande prioridade é gerir a questão dos milhares de cadáveres.

"A primeira necessidade é a gestão dos cadáveres [para evitar epidemias]. Há uma grande necessidade de sacos para cadáveres mas também de cuidar dos feridos", disse Matthieu Chantrelle num comunicado dos MSF emitido a partir de Tobruk, 160 quilómetros a leste de Derna, a cidade mais afectada pelas cheias, 1.260 quilómetros também a leste de Tripoli.

Os MSF, acrescentou Chantrelle, estão a manter um "contacto permanente" com o Crescente Vermelho líbio, a principal entidade de assistência humanitária de momento em Derna, e tencionam seguir ainda hoje para esta cidade a fim de entregarem ajuda humanitária, entre 400 sacos para cadáveres e 450 'kits' médicos para tratamento de pessoas feridas, além de prestarem cuidados médicos.

As "catastróficas inundações" de domingo, tal como descreveu Chantrelle, provocaram até gora 7.000 pessoas, havendo mais de 10 mil desaparecidos, segundo balanços actualizados das autoridades líbias, embora um autarca de Derna tenha admitido que o número de vítimas mortais poderá ultrapassar as 20 mil só nesta cidade.

O responsável dos MSF, à frente de uma equipa de médicos e enfermeiros da organização humanitária, adiantou que, segundo informações obtidas junto do Crescente Vermelho líbio, Derna está dividida em duas partes, face à quantidade de água que fez transbordar o rio que banha a cidade, depois de o mau tempo ter provocado a destruição das duas barragens próximas.

"As informações e observações feitas pela equipa dos MSF indicam que a solidariedade local está já mobilizada, como é habitual neste tipo de desastres. Dada a escala deste desastre, os MSF estimam que as estruturas médicas tenham sofrido danos e que esteja a ser necessário repor o acesso a cuidados de saúde para quem permanece no local e para as pessoas que foram forçadas a deslocar-se devido às inundações, calculadas em cerca de 30.000", afirmou Chantrelle.MOY/DSC

  
 





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