Namíbia declara surto de febre hemorrágica após morte de paciente

     África           
  • Luanda     Quarta, 24 Maio De 2023    17h10  

Windhoek - As autoridades sanitárias da Namíbia declararam hoje a existência de um surto de febre hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) no país, após confirmarem a doença num paciente, que morreu no dia 18 de Maio deste ano.

De acordo com a imprensa local, o director executivo do Ministério da Saúde e Serviços Sociais da Namíbia, Ben Nangombe, disse que o paciente foi inicialmente tratado em 16 de Maio num centro privado em Gobabis, uma cidade no oeste da Namíbia.

No dia seguinte, foi transferido para outro centro privado na capital e daí foi transferido em 18 de Maio para a unidade de isolamento do Hospital Público Central de Windhoek, onde morreu no mesmo dia.

Nangombe disse que foram colhidas amostras de sangue para investigar a febre hemorrágica da Crimeia-Congo antes do paciente morrer e que, em 21 de Maio, os resultados laboratoriais confirmaram que estava infectado com aquela doença.

"Desde 18 de maio de 2023, foram identificados um total de 27 contactos, dos quais 24 são profissionais de saúde, um colega de trabalho do falecido e dois contactos domiciliários", explicou o diretor executivo.

O responsável também sublinhou que, de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde e as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS), um caso confirmado laboratorialmente de febre hemorrágica é considerado um surto e requer medidas para prevenir a transmissão.

De acordo com a OMS, a febre hemorrágica da Crimeia-Congo é uma doença causada por um vírus transmitido por carraças (Nairovirus) da família Bunyaviridae.

Este vírus pode causar surtos graves de febre hemorrágica viral, com uma taxa de mortalidade de 10-40 por cento.

A FHCC é endémica em África, nos Balcãs, no Médio Oriente e na Ásia, em países abaixo dos 50 graus de latitude norte, o limite geográfico da carraça, que é o seu principal veículo transmissor.

O maior surto recente no continente africano ocorreu na Mauritânia já este ano, com 35 casos e seis mortes, segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da União Africana.DSC





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