Niamey- O ovo Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, denunciou nesta sexta-feira, 02, o que considerou “crimes de guerra” cometidos no seu país por “grupos terroristas”.
O novo chefe de Estado, citado pela AFP, denunciou o facto quando discursava na cerimonia da sua investidura, na capital nigerina.
O Níger "confronta-se com a existência de grupos terroristas cuja barbárie ultrapassou todos os limites, livrando-se ao massacre de civis inocentes e cometendo verdadeiros crimes de guerra ", disse.
Denunciou também os lideres dos referidos grupos não são nigerinos, mas de outros países, porque nunca reivindicaram nada ao Estado.
Segundo Bazoum, os grupos terroristas que atacam o seu país são o Boko Haram (Nigéria), os filiados ao Estado Islamico (Mali), e ao Al-Qaïda do Magrebe.
O grupo Estado Islâmico no Grande Sahara (EIGS) cujos dirigentes são magrebinos, e cujas bases estão no território maliano , em
Ménaka e Gao são difíceis de combater, enquanto Bamako não estender a sua administração do Estado em todo o território nacional, esclareceu.
Lamentou o facto da actual situação do Mali ter um impacto directo na segurança interna do seu país, prometendo que a sua agenda diplomática será centrada sobre o Mali.
Desde o inicio de 2021, os ataques contra civis nigerinos multiplicaram-se provocando mais de 300 mortos. Os últimos ataques de grande envergadura ocorridos na região de Tahoua, causaram 141 mortos nas localidades tuaregues de nos acampamentos.
Tahoua, uma vasta região desértica está situada em Tillabéri, e é fronteiriça com o Mali.