Mulher preside Parlamento do Sudão do Sul

     África           
  • Luanda     Sábado, 24 Julho De 2021    11h28  
Parlamento (ARQUIVO)
Parlamento (ARQUIVO)
FRANCISCO MIÚDO

Juba - O Parlamento do Sudão do Sul será presidido pela primeira vez por uma mulher, num país mais jovem do mundo que conquistou a independência há 10 anos, soube-se hoje de fonte oficial. Jemma Nunu Kumba, será a primeira mulher a presidir o parlamento do Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo que conquistou a independência há dez anos.

Trata-se da secretária-geral do partido Movimento de Libertação do Povo do Sudão (a SPLM no poder), Jemma Nunu Kumba, cuja nomeação foi anunciada na sexta-feira pelo Presidente Salva Kiir, também presidente deste movimento.

De acordo com a agência France-Presse, o anúncio, efectuado durante uma assembleia geral do partido, realizada em Juba, a capital do país, foi aplaudido pelo público presente para o alto cargo do Parlamenta recentemente "reconstituído" .

Nascida em 1966, Jemma Nunu Kumba juntou-se aos rebeldes do SPLM, no início dos anos 1990, tendo participado na guerra civil, em Cartum.

Fez campanha dentro do partido e posteriormente participou das negociações de paz entre o SPLM e o governo sudanês, então liderado por Omar al-Bashir.

Após a independência, em 2011, ocupou vários cargos oficiais, incluindo o de Governadora do Estado da Equatória Ocidental (sudoeste).

No final de 2013 o país mergulhou numa guerra civil entre Kiir e Riek Machar (agora vice-presidente), que provocou 380.000 mortos e quatro milhões de deslocados em cinco anos.

Em 2018, foi assinado um acordo de paz e empossado um Governo de unidade nacional. O Parlamento foi dissolvido e "reconstituído" em Maio deste ano, assumindo agora Kumba o comando do órgão composto por quase 40 por cento de ex-membros do partido rebelde SPLM-IO. O vice-presidente, que ainda não foi nomeado, também virá deste partido.

"Não vai ser fácil. O actual exercício da política exige a diligência de todos, exige objectivos comuns", disse Kumba, após a nomeação, citada pela France-Presse.

O Presidente Kiir apelou à nova presidente e aos membros do SPLM para se concentrarem na implementação do acordo de paz, ainda com aspectos por implementar, instando-os a serem "os embaixadores da paz".

Além dos desafios políticos e económicos, o país enfrenta a pior crise alimentar desde a independência, com cerca de 60 por cento da população a sofrer grave escassez de alimentos, de acordo com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.





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