ONU pede fim das acções hostis contra a sua representação na RCA

     África           
  • Luanda     Quarta, 16 Junho De 2021    10h34  
António Guterres, secretário geral da ONU
António Guterres, secretário geral da ONU
Pedro Parente-ANGOP

Nova Iorque (ONU) – O secretário-geral da ONU, António Guterres, reclamou o fim imediato das “acções hostis” contra os capacetes azuis na Republica Centro Africana (RCA) cometidas “pelas forças de segurança nacional” e as desdobradas de forma bilateral.

Num relatório entregue terça-feira, 15, ao Conselho de Segurança, António Guterres não identifica as referidas forças.

Segundo a AFP, o líder da ONU evoca também “outro pessoal de segurança", parecendo referir-se ao mesmo aos “instrutores” russos e as centenas de paramilitares do grupo privado russo Wagner, desdobrados na RCA.

No documento, o alto mandatário da ONU diz-se profundamente preocupado com o inaceitável e sem precedentes ameaças e incidentes hostis das forças nacionais, o pessoal de segurança desdobrado bilateralmente e outro pessoal de segurança que atacam a Missão da ONU (MINUSCA), na RCA.

Na sua perspectiva, tais ameaças e incidentes “dificultam a execução do mandato” dos capacetes azuis "e são grandes riscos para a segurança dos capacetes azuis”, sendo ainda uma contravenção aos compromissos do governo no quadro do acordo sobre o estatuto da MINUSCA.

Para o efeito, convidou o Presidente Faustin Archange Touadéra a continuar a respeitar tais, fazendo com que tais acções hostis cessem imediatamente, pedindo contas aos seus autores.

O documento que fala dos quatro últimos meses detalha vários incidentes entre os capacetes azuis e as forças incriminadas, como a destruição, a 23 de Maio, de um drone da MINUSCA, em Bacouma (Sudeste), tentativas de revistas nos seus veículos e residências, e a limitação dos seus movimentos.

Quanto à violação dos direitos humanos, a MINUSCA “documentou 140 incidentes perpetrados pelo pessoal de segurança desdobrado no país, e de forma bilateral, abrangendo 249 vítimas, sejam um aumento respectivamente de 278,4% e 289% em relação ao precedente período, sublinha.

"Os confrontos entre os grupos armados e as forças de defesa nacional apoiadas pelo pessoal desdobrado de forma bilateral e outros membros do pessoal de segurança aumentaram o número de civis mortos” ", sublinha, indicando que houve "82 contra 41 do período anterior, seja, um aumento de 100%".

O relatório informa também que a maioria das mortes dos civis resulta dos usos indiscriminado, desproporcional e excessivo da força pelos militares centro africanos e pelo pessoal de segurança desdobrado de forma bilateral.

Em fim, o chefe da ONU critica aquilo que considera uma vasta campanha de desinformação levada ao cabo desde Março contra a MINUSCA e os seus responsáveis, incluindo acusações de colaboração com os grupos armados, e apelando a manifestações visando a retirada da MINUSACA, idas, entre outros, dos próximos do partido político do Presidente da República.

 





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