Addis Abeba - O parlamento etíope votou pela dissolução do governo da região norte de Tigray devido a um diferendo que se transformou em conflito armado.
Durante uma sessão extraordinária, o parlamento declarou a administração de Tigray de ilegal e votou para a sua substituição.
Sexta-feira, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, avançou que haviam sido realizados ataques aéreos contra alvos militares em Tigray.
Receia-se que o conflito possa resultar em guerra civil, o que também poderá desestabilizar os países vizinhos.
Os dirigentes de Tigray dominaram o poder na Etiópia durante muitos anos até a ascensão de Abiy ao poder em 2018, na sequência de manifestações anti-governamentais, e que actualmente controla a sua influência.
Os responsáveis de Tigray, por sua vez, sustentam que foram injustamente alvos de "expurgos" e de alegações de corrupção e afirmam que Abiy é ilegítimo porque, na sua opinião, o seu mandato expirou quando o primeiro-ministro adiou as eleições devido ao novo coronavírus.
A ONU apela à "desaceleração dos combates".