Kinshasa - Pelo menos 11 pessoas foram mortas por um grupo armado na província de Ituri, no nordeste da República Democrática do Congo (RDC), afirmaram hoje algumas fontes à agência de notícias AFP.
Onze mineiros foram mortos por milicianos do FPIC, um grupo armado local que assumiu o controlo de uma área de exploração de minérios na região, disse o burgomestre da comuna de Mungwalu [na região de Djugu], Jean-Pierre Pikilisende, ao correspondente da AFP em Bunia.
Já o Barómetro de Segurança de Kivu (KST), um grupo de especialistas que identifica a violência no leste do Congo, referiu que doze civis foram executados numa área de exploração mineira no território de Djugu.
Numerosas milícias e grupos armados atuam na província de Ituri, bem como no vizinho Kivu do Norte, duas províncias em estado de sítio e administração militar desde 06 de Maio.
Um grupo armado muçulmano de origem ugandense, as Forças Democráticas Aliadas (ADF), classificado pelos Estados Unidos entre os "grupos terroristas" afiliados aos 'jihadistas' do grupo extremista Estado Islâmico, cometeu nos últimos meses repetidos assassínios contra populações civis.
Entretanto, a identidade precisa dos responsáveis por esses massacres muitas vezes permanece desconhecida.
Pelo menos 50 civis, homens, mulheres e crianças, foram mortos desta forma, a maioria deles com facões depois de serem amarrados, na noite de domingo para segunda-feira, em duas aldeias da província de Ituri.
De acordo com o correspondente da AFP em Bunia, que pode fazer uma visita ao local na quarta-feira, 53 pessoas foram mortas, 21 destas em Tshabi e 32 em Boga.
As 53 vítimas foram enterradas em quatro valas comuns. Vários moradores, incluindo pelo menos quatro mulheres, foram feitos reféns, mas o número exacto é desconhecido.
A identidade dos agressores ainda não é conhecida com certeza, numa região marcada por fortes antagonismos entre grupos étnicos locais e pela presença crescente das ADF.