Djamena – Quarenta e duas pessoas foram mortas nos confrontos entre membros de duas comunidades na província de Ouaddaï, no leste do Tchad, informaram hoje os meios de comunicação locais citado num comunicado do Governo.
Segundo o comunicado do Ministério da Segurança Pública do Tchad, o conflito causou até agora 42 mortos e maior parte da aldeia foi incendiada por homens armados assim como foram detidas 175 pessoas, directamente envolvidas no local do crime.
As autoridades não especificaram a data dos acontecimentos, que ocorreram na aldeia de Tileguey, onde o ministro da Segurança Pública, Mahamat Charfadine Margui, se deslocou com uma delegação de alto nível.
"Todos os implicados nestes assassínios em massa serão levados à justiça", afirmou o ministro, e ordenou ainda que a aldeia seja protegida e as pessoas que perderam tudo sejam devidamente tratadas.
A violência inter-comunitária, disse, é frequente no Tchad, sobretudo no sul e no leste do país, onde muitos habitantes estão armados.
Os confrontos entre agricultores e pastores em disputas de terras são frequentes no país sendo um dos conflitos mais antigos na região do Sahel, mas foram agravados nos últimos anos pela invasão do deserto, a crise climática e a diminuição de terras adequadas para o cultivo e a alimentação do gado.
Segundo um relatório do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), os confrontos inter-comunitários no país fizeram mais de 500 mortos, 600 feridos e mais de 7.000 deslocados em 2022.DSC/AM