Londres - O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou hoje que os primeiros voos de deportação de migrantes para o Rwanda poderão partir dentro de 10 a 12 semanas, confiante no fim ao impasse parlamentar sobre a medida.
Sunak garantiu, numa conferência de imprensa, que o parlamento vai funcionar esta noite, "não interessa até que hora", até a proposta de lei ser aprovada, culpando o Partido Trabalhista de dificultar o processo.
A legislação vai voltar à Câmara dos Comuns (câmara baixa parlamentar), depois de a Câmara dos Lordes (câmara alta) terem frustrado as tentativas do Governo de aprovar a proposta na semana passada, votando a favor de duas alterações.
O chamado "pingue-pongue" parlamentar sobre o projecto de lei relativo à segurança do Rwanda dura há quase três semanas e inicia hoje a quarta ronda, aproximando-se do recorde de cinco rondas atingido em 2000.
O Governo não fez concessões a nenhuma das dez emendas aprovadas pelos Lordes em diferentes ocasiões, que insistem na isenção de afegãos que ajudaram as tropas britânicas e em querer que o Parlamento decida se o Rwanda é um país seguro.
Sunak espera que o plano dissuada migrantes de entrarem ilegalmente no país, onde este ano já chegaram 6.265 após atravessarem o Canal da Mancha.
Em 2023 foram contabilizados 29.437 migrantes ilegais que chegaram em embarcações como barcos de borracha, uma redução de 36% face aos 45.774 de 2022. JM