Praia - O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Ulisses Correia e Silva, destacou esta quarta-feira os ganhos do projecto de integração da biodiversidade no turismo, que em cinco anos actuou em Santiago, Maio, Boa Vista e Sal.
Falando no acto de encerramento do Projecto Integração da Biodiversidade no Turismo em Sinergia com o Sistema Nacional de Áreas Protegidas (Projecto BIO-TUR), José Ulisses Correia e Silva disse que “este projecto deverá ter continuidade e abrangência para as outras ilhas. Está baseado num bom conceito, foi preciso criar um quadro legal, institucional e o modelo de gestão, e produziu resultados".
Financiado pelo Fundo Global das Nações Unidas para o Ambiente, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Governo de Cabo Verde, num total de 6 milhões de dólares (5,5 milhões de euros), o projecto foi implementado durante os últimos cinco anos nas ilhas de Santiago, Maio, Boa Vista e Sal.
Mostrando a sua satisfação pelos resultados, o primeiro-ministro disse que com este projecto o país está a criar valor de oferta turística, para além de praia e sol, mas também com montanhas, vales e biodiversidade em todas as ilhas, num sector que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB).
Integrar a conservação da biodiversidade no planeamento e nas operações de turismo a nível nacional e expandir e fortalecer a zona costeira e marinha das Áreas Protegidas foram algumas das medidas implementadas pela iniciativa.
Ulisses Correia e Silva entendeu ainda que o BIO-TUR valorizou os recursos ambientais na criação de recursos económicos e pode integrar-se na cadeia de valor e produção agrícola, pecuária, produtos de pesca nas comunidades piscatórias, artesanato e entretenimento cultural.
Com o projecto, o Governo indicou que melhorou a representatividade e conectividade do Sistema Nacional de Áreas Protegidas (SNAP) em Cabo Verde e obteve "grandes ganhos" no domínio da conservação da biodiversidade.
Durante o período de implementação, o país elaborou os seus Planos de Ordenamento e Gestão (POG) e Planos de Ecoturismo & Negócios (PEN), para as diferentes áreas protegidas nas quatro ilhas-alvos.
O Projecto BIO-TUR foi implementado pelo Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), através da Direcção Nacional do Ambiente (DNA), em coordenação com o Ministério do Turismo e Transportes.