PM de Cabo Verde diz que África deve ser "actor relevante" no concerto das Nações

     África           
  • Luanda     Sexta, 07 Julho De 2023    15h41  
Mapa de África
Mapa de África
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Praia - O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse hoje que África deve ter uma "posição comum" para ser um "actor relevante" no concerto das Nações e ter uma participação activa nos debates para responder aos desafios mundiais.

No seu discurso de abertura do African Caucus 2023, o chefe do Governo cabo-verdiano sublinhou que o evento acontece na ilha do Sal num contexto geoeconómico e geopolítico mundial muito desafiante, em que à crise climática e ambiental, vieram juntar-se as crises provocadas pela pandemia da covid-19 e pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

Por tudo isso, notou que a pobreza, a insegurança alimentar e a dívida pública agravaram-se nos países menos desenvolvidos, particularmente os africanos.

"É neste contexto que a África tem que actuar para ser um actor relevante no concerto das nações, aumentar a resiliência e firmar um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável", defendeu.

Para o primeiro-ministro, África tem de "participar activamente" nos debates para responder aos desafios mundiais ao nível da segurança alimentar, sanitária e ambiental, às pandemias, às desigualdades e aos muitos crimes transnacionais.

É importante "participar e influenciar para ter uma representação justa e relevante no concerto das nações, nomeadamente ao nível do Conselho de Segurança das Nações Unidas e das instituições financeiras internacionais como o Banco Mundial e o FMI", referiu.

Ulisses Correia e Silva entendeu ainda que o continente africano deve "participar e influenciar" para ter mecanismos e condições de financiamento ao desenvolvimento ajustados às transformações estruturais de que precisa.

"Em todos estes domínios, é preciso uma posição comum dos nossos países, parcerias com ganhos mútuos e sentido responsabilidade global para com um mundo e um planeta de que todos fazemos parte", continuou.

Considerando que África precisa "crescer mais e ter melhor inserção na economia mundial", o primeiro-ministro de Cabo Verde entendeu que o continente não e deve colocar na posição de vítima da história, mas sim ser "protagonista activo" de "mudanças impactantes e duráveis".

"Para isso, além da necessidade de mudar os graves desequilíbrios na inserção da África no sistema económico mundial, temos que ser exigentes connosco mesmos", desafiou.

O African Caucus 2023 é um encontro anual que junta ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais africanos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Ulisses Correia e Silva disse que a expectativa é que a declaração que vai sair do evento seja uma "etapa importante" no processo transformacional da África.

Entretanto, considerou que as transformações estruturais que os países africanos almejam exigem reformas, políticas públicas assertivas, boa governação, fortes parcerias, sentido estratégico e acção.

"Juntos temos de fazer as reformas do Banco Mundial, ajustado aos novos tempos, ajustado ao futuro que temos que construir juntos", traçou Correia e Silva, reconhecendo a "boa parceira" com o grupo do BM e o FMI, entendendo que juntos podem construir "parcerias ainda mais impactantes e sólidas" para o desenvolvimento dos países africanos.

Da agenda do encontro, subordinado ao tema "Novas modalidades e mecanismos para financiar o desenvolvimento económico em África", fazem parte várias reuniões e sessões de debate.

Cabo Verde foi escolhido há mais de um ano para presidir e ser sede do African Caucus 2023, reunião anual que se realiza desde 1963 e que junta os ministros das Finanças, Planeamento e governadores africanos dos bancos centrais junto do FMI e do grupo Banco Mundial.

O African Caucus reúne-se duas vezes por ano, a primeira das quais no país anfitrião e presidente - Cabo Verde sucede em 2023 a Marrocos, que liderou em 2022 - e a segunda em Washington, sede do FMI e Banco Mundial. JM

 





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