Abuja - O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, ordenou às forças de segurança do país que se apressem a resgatar as mais de 30 pessoas, incluindo estudantes, sequestradas no noroeste do país, na sexta-feira.
"Não há justificação moral para cometer crimes tão hediondos contra vítimas inocentes, cujo único 'crime' foi procurar educação de qualidade", disse Ajuri Ngelale, porta-voz do Presidente nigeriano, num comunicado divulgado pela imprensa local no domingo.
O Presidente reiterou ainda a determinação do seu Governo em "proteger todos os cidadãos nigerianos e, em linha com este compromisso, garantir às famílias dos estudantes raptados que nenhum esforço será poupado para garantir o seu regresso em segurança".
Tinubu também prometeu mais esforços para "garantir" que as "instituições educacionais" estejam "completamente livres dos actos e ameaças dos terroristas".
O ataque, feito por um grupo ainda não identificado de homens armados, aconteceu sexta-feira, antes do amanhecer, na localidade de Sabon Gida, em Zamfara, numa universidade e em três residências para estudantes.
Este foi o primeiro rapto em massa de estudantes do sexo feminino, desde que Tinubu chegou ao poder com a promessa de acabar com os graves problemas de segurança da Nigéria.
O exército nigeriano confirmou posteriormente à agência de notícias EFE o resgate de seis dos estudantes, após intensa perseguição por parte das forças de segurança.
Alguns estados da Nigéria - especialmente no centro e noroeste do país - sofrem ataques incessantes por parte de grupos criminosos que cometem assaltos em massa e sequestros para exigir grandes resgates.
A esta insegurança soma-se a causada desde 2009 pelo grupo fundamentalista islâmico Boko Haram no nordeste do país e, a partir de 2016, pelo Estado Islâmico na província da África Ocidental, um grupo que se separou do Boko Haram. JM